Cerca de 1,2 milhão de pessoas continuam sem ônibus, desde à zero
hora de ontem (6), nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba por
causa da greve dos rodoviários. A Superintendência de Mobilidade Urbana
de Belém (Semob) calcula que circulam todos os dias pela região
metropolitana 1.853 ônibus. Liminar concedida pela juíza Maria Edilene
de Oliveira Franco, da Justiça do Trabalho, determinando a manutenção de
80% da frota em circulação, não foi obedecida pelo movimento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes
Rodoviários do Estado do Pará (Sttrepa), Altair Brandão, declarou que
100% dos ônibus parariam porque a magistrada e as empresas não
forneceram listagem com o quantitativo de ônibus e rodoviários por linha
e empresa. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e
Marituba (Sintram) informou que não foi notificado da liminar.
Na manhã de hoje (7), os usuários continuam com problemas para tomar
os coletivos e as paradas continuam lotadas. Muitos passageiros estão
dependendo do transporte coletivo para chegar ao trabalho. O trânsito de
veículos também é intenso ao longo da rodovia BR-316.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém
(Setransbel) ainda está fazendo o levantamento da quantidade de veículos
que saíram às ruas hoje, mas estima que não tenha chegado aos 80%
determinados pela liminar judicial. Em caso de descumprimento, o
sindicato dos trabalhadores está sujeito ao pagamento de multa no valor
de R$100.000,00 (cem mil reais) por dia em caso de descumprimento.
Ainda segundo a Setransbel, dois veículos tiveram vidros quebrados no
primeiro dia da greve dos rodoviários, sendo um deles na saída da
garagem e o outro ao longo do trajeto da viagem. O Setransbel também
informou que nesta quinta-feira (7), deve reunir com a Justiça para
discutir uma solução para o impasse, mas a presença do sindicato dos
trabalhadores nessa reunião não está confirmada.
Os rodoviários exigem 13% de reajuste; aumento do tíquete
alimentação, de R$ 425 para R$ 500; adicionais de periculosidade e
insalubridade e manutenção das clínicas da categoria, que não tem plano
de saúde. O Setransbel propôs o reajuste da inflação, estimada para o
período em 8,5%. No ano passado, o reajuste foi de 7% e o tíquete
aumentou em R$ 40.
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