Para estreitar o relacionamento
entre o Brasil e a República de Cuba, o cônsul geral, Turcos Miguel
Esquivel López, esteve percorrendo durante a semana passada as capitais
da região Norte do país. No Pará, o objetivo do diplomata foi romper as
barreiras alfandegárias, além de estimular o intercâmbio e o turismo,
mostrando as potencialidades de Cuba, para estabelecer futuras parcerias
em setores como os da saúde, cultura e educação.
Cuba tem sido representada há sete
meses no norte do Brasil pelo Consulado Geral, em Manaus. Atualmente,
os paraenses que queiram fazer negócios ou viajar a turismo para as
deslumbrantes ilhas cubanas, devem solicitar informações e dar entrada
nos documentos no Estado do Amazonas, sem precisar viajar até Brasília. A
abertura do consulado na região propõe novas possibilidades comerciais,
como exportação de alimentos.
Turcos Miguel acredita que uma das
aberturas comerciais importante é a exportação de grãos paraenses.
“Investimos mais de 700 milhões de dólares por ano no Brasil, comprando
produtos e matérias primas como carne, óleo de soja e todos os tipos de
grãos. O Pará tem essa potencialidade, e podemos estabelecer projetos
para estreitarmos esta relação, pois sabemos que esse Estado é rico em
produção agrícola”, apontou.
Cuba tem a maior relação de
médicos por habitantes no mundo, assim, exporta serviços de saúde. De
acordo com o cônsul, hoje 50 mil médicos cubanos estão em missões
espalhados por 65 países, trabalhando em áreas onde os profissionais da
região se recusam a ir.
“Nossas expedições humanitárias
iniciaram em 1963, para Argélia, norte da África. E hoje, temos quase 11
mil e 400 médicos no Brasil”, lembrou. O Pará conta com 500
profissionais cubanos espalhados nos interiores e na capital. O cônsul
Turcos Miguel também destacou a disposição de Cuba em apresentar ao
nosso país vacinas contra os cânceres de garganta e de pulmão. “Temos um
imenso polo científico, e podemos oferecer a matéria prima de serviço
ao Brasil. Além do recrutamento humano, podemos levar as nossas vacinas,
como a Cimavax, contra o câncer de pulmão, que está praticamente
restrita ao nosso país. Com as nossas relações restabelecidas, os
Estados Unidos, eles querem criar uma parceria para estudar e tornar a
vacina ainda mais ampla no mundo”, ressaltou.
A vacina não evita a enfermidade,
porém faz um importante trabalho ao retardar o crescimento de células
cancerígenas de tumores. Com a dose, a expectativa de vida aumenta de
seis meses a quatro anos, em comparação com pacientes que não tomaram a
vacina.
(Diário do Pará)
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