O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) classificou
como fraude um vídeo postado pelo deputado delegado Éder Mauro
(PSD-PA). O parlamentar eleito pelo Rio de Janeiro garante que teve a
fala manipulada. A declaração foi feita nesta quinta-feira (21), na CPI
que investiga o aumento de mortes e desaparecimento de jovens negros no
Brasil.
“Isso foi um ato criminoso. Foi uma fraude
cometida sobre uma fala que eu fiz numa reunião antiga. Eu exijo que a
CPI faça um comunicado público para reprimir esse fato”, disse o
deputado do Psol.
Segundo Wyllys, na edição fraudulenta ele
aparece falando que "pessoas negras e pobres são mais perigosas que as
pessoas brancas". O deputado explicou que ele comentava, na verdade, é
que "há um discurso racista, muitas vezes promovido pela mídia, que
passa a ideia de que as pessoas negras são mais perigosas do que as
pessoas brancas".
Na sessão, Wyllys exigiu que a CPI se posicione sobre o ato, pedindo, inclusive, a saída do paraense do colegiado.
O vídeo foi postado na página do delegado
nas redes sociais e já possuía mais de 10 mil compartilhamentos, até a
noite de hoje. “Eu não posso estar aqui representando o povo brasileiro,
pela parcela do estado do Pará, e ter que ouvir pessoas falar (SIC) que
quer a liberação de droga, que quer o que jovem considere que é um
comércio e que acha que vai ser uma profissão”. Nas imagens o delegado
aparece exaltado e gritando para o deputado do PSol “Tu és um destruidor
de famílias”.
Assista:
O presidente da CPI, deputado Reginaldo
Lopes (PT-MG), afirmou que a comissão não tem competência para desligar
nenhum integrante, pois essa é uma atribuição dos partidos. Ele disse
que vai disponibilizar a intervenção completa do deputado Jean Wyllys e
afirmou que na próxima terça-feira (26) a CPI vai se pronunciar a
respeito do fato.
(Antonio Santos/DOL com informações da Agência Câmara)
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