A paixão, o preconceito e a ira
provocada pela traição por parte da companheira são três características
evidentes no perfil psicológico de Rafael Silva Ribeiro, 27, que
confessou ter matado e esquartejado duas mulheres em Breu Branco, no
sudeste paraense.
Uma das vítimas era sua esposa,
Joana Cristina da Silva Soares, 48, que, segundo o suspeito, mantinha um
relacionamento homoafetivo com Maria Zélia Ribeiro dos Santos, 46 anos.
Situação esta que não foi aceita por Rafael. Ontem, durante uma
entrevista exclusiva à RBATV, ele admitiu a autoria do crime e
manifestou que o principal motivo teria sido a suposta traição.
“Eu deixei as duas juntas no
quintal. Não queriam ficar juntas?”, disse Rafael, ao justificar o
motivo de ter espalhado e enterrado os pedaços dos corpos de cada uma
das vítimas pelo quintal da casa.
Quando fala do suposto
relacionamento amoroso entre as duas mulheres, o tom de voz fica mais
forte o que denota o sentimento de ódio e preconceito. “Vai atrás de um
homem!”, desabafou ao se referir à traição.
O vídeo com a entrevista completa
tem a duração de 4’33”. Durante todo o tempo, o suspeito apresenta um
comportamento frio e calculista, que se confirma quando alega que
premeditou todo o crime. “Eu passei 15 dias investigando essa desgraçada
(disse ao se referir sobre Zélia)”, afirmou.
Rafael disse ainda que quando
descobriu a traição tentou conversar com a esposa, travaram uma luta
corporal. Ele não se arrepende do crime que cometeu, mas lamenta por ter
matado a, então, amada. “Dela (Zélia) eu não me arrependo, mas eu sinto
pela Joana”, colocou. “Estávamos juntos há nove meses”, lembrou.
O autor confesso do crime não
apontou nenhuma data ou o tempo em que descobrira da suposta traição,
mas foi enfático ao dizer que teria flagrado as duas trocando carícias.
“Eu vi”, afirma. Por diversas vezes admite que o verdadeiro motivo,
segundo ele, foi porque Joana o traiu com outra mulher.
Ao ser questionado sobre o fato de
ter sido visto bebendo e escutando músicas gospel nos últimos dias, a
resposta foi bem objetiva: “Pedi muito a Deus para encontrar ela
(Zélia)”, admitindo a vontade de matar a vítima.
Sobre o fato de ter guardado o
coração e outros órgãos da vítima na geladeira, Rafael Ribeiro alegou
que fez porque sabia que cedo ou tarde seria pego pela polícia e teria
que pagar pelo crime. “Deixei lá porque sabia que os homens iam chegar”,
pontuou. O coração era de Zélia.
Devido a crueldade do crime,
Rafael já passou a ser denominado de o “monstro de Breu Branco”. O caso
ainda causa espanto entre os quase 60 mil habitantes do município.
O CASO
O CASO
Rafael Ribeiro foi preso no último
sábado, 9, e no domingo confessou ter matado e esquartejado a
companheira, Joana Cristina, e ainda ter enterrado pedaços de seu corpo
pelo quintal da casa onde morava.
Da mesma forma matou Maria Zélia e
ainda guardou o coração da vítima na geladeira. Ele está preso em
Tucuruí, por questões de segurança, já que a população quer linchá-lo.
(Diário do Pará)
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