quinta-feira, 1 de maio de 2014

Vinte anos da morte de Airton Sena.


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Eu e Ann estávamos em São Paulo naquele fatídico 1º de maio de 1994, quando a cidade foi tomada pelo transtorno do choque da Williams, pilotada por Senna, contra o muro de concreto da fatídica curva Tamburello.
A telemetria do acidente revelou que Senna entrou na Tamburello a 307,2 km/h, e quando sentiu a Williams titubear, com a sua expertise de um dos melhores pilotos do mundo, tentou segurá-la no chão, reduzindo, em segundos, para 220,3 km/h o deslocamento, mas isso não foi o suficiente para a fatalidade do choque.
Abaixo os dados da telemetria que descrevem o esforço de Senna, em 1,9 segundos, para sair da singularidade ao qual e viu na Tamburello:
Entre a violência do choque e o anúncio da morte algumas horas depois – estávamos almoçando, por volta das 15h, quando Cabrini anunciou o falecimento no plantão da Globo – não foram trocadas muitas palavras entre eu e Ann.
Cabrini foi direto ao termo, sem maiores preparos: “Morreu Ayrton Senna da Silva”. Mas não se conteve e em segundos emocionou-se ao confessar: “Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar."
No restaurante, todos se olhavam em pêsames. Saímos e, não sei o porquê, olhei para cima e derramei as lágrimas que até então segurava: centenas de balões negros flutuavam na triste tarde paulistana.
O doutor Sid Watkins, neurocirurgião que atendeu Senna ainda na pista, declarou mais tarde que, na verdade, Senna feneceu no asfalto de Ímola:
Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento.”
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FONTE: Parsifal 5.4.

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