segunda-feira, 19 de maio de 2014

Telexfree suspende suas atividades


Em sua página na internet, a Telexfree informou a suspensão de "todas suas atividades de negócios", enquanto cuida de pendências com a Corte de Falências dos Estados Unidos, agências governamentais e a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira.

Em meados de abril, a Justiça dos Estados Unidos determinou o congelamento dos bens do grupo Telexfree, acusado pelas autoridades norte-americanas de promover um esquema de pirâmide financeira.

Desde então, quem acessava o site da Telexfree deparava com uma mensagem dizendo que o serviço estava fora do ar "para manutenção".

Nesta sexta-feira (16), a página (www.telexfree.com) trazia uma mensagem oficial em inglês declarando a suspensão das atividades da empresa. O site brasileiro da empresa (www.telexfree.com.br) também direciona para o site internacional da empresa (www.telexfree.com), onde está a mensagem.

O texto destaca que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial (concordata) em Massachusetts em 13 de abril.

"Já que não estamos atualmente em condições de apoiar nossa rede, é possível que os clientes enfrentem interrupção ou descontinuação do serviço. Associados independentes e promotores não devem representar a Telexfree de agora em diante sem aprovação de um novo plano de compensação pela Corte de Falência."


"Uma vez que não estão atualmente em posição de apoiar a nossa rede, é provável que clientes enfrentem interrupção ou descontinuação do serviço. Associados independentes e promotores não devem representar a Telexfree daqui para frente sem aprovação de um novo plano de compensação pelo Tribunal de Falências", destaca o comunicado.

A empresa diz ter a esperança de que receberá aprovação da Corte de Falências para reiniciar suas operações, mas destaca não saber "quando ou se será capaz" de convencer as autoridades dos EUA do valor do serviço VoIP e da viabilidade dos negócios do grupo.

O G1 procurou a Ympactus Comercial S/A, que utiliza comercialmente no Brasil o nome Telexfree, mas não conseguiu contato com nenhum dos representantes do grupo.

No Brasil, a Telexfree está impedida de fazer pagamentos e cadastros de divulgadores (como são chamadas as pessoas que investem na companhia) desde o dia 18 de junho do ano passado. A Telexfree é acusada pelo Ministério Público do Acre de realizar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de empresa de marketing multinível.

Investigação da Secretaria de Estado de Massachusetts concluiu que a Telexfree é uma pirâmide financeira que arrecadou cerca de US$ 1,2 bilhão em todo o mundo. Na denúncia, as autoridades norte-americanas pediram o fim das atividades da empresa, a devolução dos lucros e o ressarcimento das perdas causadas aos "divulgadores".

Os responsáveis pela Telexfree também respondem a um processo criminal de fraude nos EUA. James M. Merrill e Carlos N. Wanzeler, ambos do estado de Massachusetts, foram acusados denunciados neste mês na corte estadual. Se considerados culpados, eles podem pegar até 20 anos de prisão, de acordo com a nota

Com informações do G1

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