Equipes de busca da Força Aérea Brasileira (FAB), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil do Pará, mateiros da região e índios têm encontrado muitas dificuldades para encontrar o avião bimotor que desapareceu na quarta-feira, 19, entre os municípios de Itaituba e Jacareacanga, com cinco pessoas a bordo.
O avião levava servidores de saúde que iriam prestar atendimento médico nas aldeias dos índios mundurucus. A dificuldade se dá pela extensa área de florestas a ser coberta entrecortada por rios, sem acesso por estradas.
A informação dada por um garimpeiro que trabalha em uma área da margem direita do Rio Tapajós, 1.850 km a oeste de Belém, pode ser a pista para localizar a aeronave. Além das buscas por barcos, a pé, pela mata, e de avião e helicóptero, as equipes agora ganharam um reforço: o juiz da comarca de Jacareacanga, Claytoney Passos Ferreira, aceitou um pedido da polícia para quebrar o sigilo das últimas mensagens telefônicas feitas pelos ocupantes da aeronave, na tentativa de encontrar sua localização.
As mensagens, segundo o delegado Lucivelton Santos, estão sendo analisadas pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Civil. “Quem sabe a gente não descobre uma pista”, disse Santos.
As últimas ligações foram da técnica em enfermagem Rayline Campos, que estava no bimotor. Na primeira mensagem, ela avisava o tio, que mora em Belém, sobre o perigo. “Tio, tô em temporal e um motor parou, avisa a mãe que amo muito a todos. Tô aflita, tô em pânico. Se eu sair bem, aviso, aviso. Tô perto de Jacareacanga. Reza por nós, não avisa a tia ainda”. Na segunda mensagem, 30 minutos depois, Raylane pede socorro: “ o motor ta parando. Socorro tio, tio (sic)”.
(Diário do Pará)
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