sábado, 15 de março de 2014

Militância do PT vai às ruas de Belém pedir o fim da união com o PMDB e lança pré-candidatura de Puty

Militância do PT vai às ruas de Belém pedir o fim da união com o PMDB e lança pré-candidatura de Puty

Uma manifestação da militância do PT com a presença de mais de 500 pessoas de diversos segmentos sociais e tendências disse não à aliança do partido com Helder Barbalho [PMDB] nas eleições deste ano para o governo do estado. A rua Gaspar Viana, no bairro do Comércio, foi ocupada por centenas de bandeiras vermelhas, faixas e cartazes dos militantes que lançaram a pré-candidatura do deputado federal Cláudio Puty [PT] para o executivo paraense.

Além da militância, o parlamentar contou com o apoio do deputado estadual Edilson Moura, do vereador de Belém Amaury da APPD, de ex-parlamentares como Miriquinho do PT e Regina Barata, e representantes dos diretórios municipais de diversas localidades. Após a caminhada o grupo formalizou a pré-candidatura junto com o manifesto "
Candidatura própria já!" e um abaixo-assinado dos filiados, na sede do partido. A candidatura deverá ser discutida no Encontro de Tática Eleitoral, marcado para o próximo dia 29 deste mês.


Discussão - Para o pré-candidato Puty, o partido não pode aceitar a submissão de apoiar qualquer candidato sem antes discutir com a legenda. "Eu acho que isso é uma demonstração que não nos rendemos e entregamos. Nós temos militância política. Não precisamos ir a reboque de nenhum partido político", disse.

Puty destacou a importância de um projeto político popular para o estado do Pará. "
Esse não é o movimento de uma pessoa só, é o desejo de centenas e, quem sabe, milhares de militantes do estado. Não podemos permitir uma chantagem como essa para desestabilizar a companheira Dilma. Não decretamos uma subordinação pela crise. O Pará precisa de um projeto popular", enfatizou o deputado, contextualizando a atual divisão da aliança nacional do PMDB e PT.

A tentativa de desestabilização do governo da presidente Dilma Rousseff pela base aliada, sob o comando de caciques do PMDB, como o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, foi demonstrada como uma evidência do que os peemedebistas são capazes de fazer por seus interesses.


De acordo com a ex-deputada estadual Regina Barata, a história do partido não deve ser esquecida para apoiar pessoas que não tem os mesmos objetivos do PT.


"
O Congresso Nacional está em guerra com a presidente Dilma por causa de um partido que é da base aliada, tem cargos, ministérios e a vice-presidência. Historicamente no ano da eleição o PMDB sai do governo e vira oposição", diz. Segundo Regina Barata, Puty tem uma carreira política ética, sem acusações de corrupção. "Não foi com a riqueza do estado como outras pessoas que construíram carreiras políticas dentro de roubos e desvios. Esse não é o Puty", discursou.

José Oeiras lembra gestão pífia de Helder em Ananindeua


Ex-presidente do diretório do PT de Ananindeua, José Oeiras lembrou da experiência em se aliar ao PMDB, quando Helder Barbalho foi prefeito do município por dois mandatos. "
Foi uma relação difícil, Helder excluiu o partido. Em Ananindeua nós passamos os oito anos de governo do PMDB e não mudou nada. Ananindeua continuou sem saneamento, apenas 36% das pessoas com acesso a água, a saúde não melhorou, as obras do PAC ficaram paradas", criticou.

Esses motivos resultaram, segundo Oeiras, em uma posição majoritária no município contra a aliança e a favor de Puty.


Para a integrante do Fórum do Meio Ambiente e do Movimento de Mulheres, do Distrito de Icoaraci, Luiza Tomas, filiada há 18 anos no PT, a organização não pode se curvar a outros partidos. "
O PT tem uma grande projeção a nível nacional e a nível estadual. Não podemos ficar alheios aqui no Norte. Precisamos reafirmar o legado de nosso governo. Nós fizemos infocentros para as comunidades carentes que não tinham acesso a internet e a comunicação. O governo atual acabou com esse projeto", criticou.

Fonte: Amazônida Jornal, na edição desta sexta-feira, 14 de março de 2014.

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