Militância do PT vai às ruas de Belém pedir o fim da união com o PMDB e lança pré-candidatura de Puty
Uma
manifestação da militância do PT com a presença de mais de 500 pessoas de
diversos segmentos sociais e tendências disse não à aliança do partido com
Helder Barbalho [PMDB] nas eleições deste ano para o governo do estado. A rua
Gaspar Viana, no bairro do Comércio, foi ocupada por centenas de bandeiras
vermelhas, faixas e cartazes dos militantes que lançaram a pré-candidatura do
deputado federal Cláudio Puty [PT] para o executivo paraense.
Além da militância, o parlamentar contou com o apoio do deputado estadual Edilson Moura, do vereador de Belém Amaury da APPD, de ex-parlamentares como Miriquinho do PT e Regina Barata, e representantes dos diretórios municipais de diversas localidades. Após a caminhada o grupo formalizou a pré-candidatura junto com o manifesto "Candidatura própria já!" e um abaixo-assinado dos filiados, na sede do partido. A candidatura deverá ser discutida no Encontro de Tática Eleitoral, marcado para o próximo dia 29 deste mês.
Além da militância, o parlamentar contou com o apoio do deputado estadual Edilson Moura, do vereador de Belém Amaury da APPD, de ex-parlamentares como Miriquinho do PT e Regina Barata, e representantes dos diretórios municipais de diversas localidades. Após a caminhada o grupo formalizou a pré-candidatura junto com o manifesto "Candidatura própria já!" e um abaixo-assinado dos filiados, na sede do partido. A candidatura deverá ser discutida no Encontro de Tática Eleitoral, marcado para o próximo dia 29 deste mês.
Discussão - Para o pré-candidato Puty, o partido não pode aceitar a submissão de apoiar qualquer candidato sem antes discutir com a legenda. "Eu acho que isso é uma demonstração que não nos rendemos e entregamos. Nós temos militância política. Não precisamos ir a reboque de nenhum partido político", disse.
Puty destacou a importância de um projeto político popular para o estado do Pará. "Esse não é o movimento de uma pessoa só, é o desejo de centenas e, quem sabe, milhares de militantes do estado. Não podemos permitir uma chantagem como essa para desestabilizar a companheira Dilma. Não decretamos uma subordinação pela crise. O Pará precisa de um projeto popular", enfatizou o deputado, contextualizando a atual divisão da aliança nacional do PMDB e PT.
A tentativa de desestabilização do governo da presidente Dilma Rousseff pela base aliada, sob o comando de caciques do PMDB, como o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, foi demonstrada como uma evidência do que os peemedebistas são capazes de fazer por seus interesses.
De acordo com a ex-deputada estadual Regina Barata, a história do partido não deve ser esquecida para apoiar pessoas que não tem os mesmos objetivos do PT.
"O Congresso Nacional está em guerra com a presidente Dilma por causa de um partido que é da base aliada, tem cargos, ministérios e a vice-presidência. Historicamente no ano da eleição o PMDB sai do governo e vira oposição", diz. Segundo Regina Barata, Puty tem uma carreira política ética, sem acusações de corrupção. "Não foi com a riqueza do estado como outras pessoas que construíram carreiras políticas dentro de roubos e desvios. Esse não é o Puty", discursou.
José Oeiras lembra gestão pífia de Helder em Ananindeua
Ex-presidente do diretório do PT de Ananindeua, José Oeiras lembrou da experiência em se aliar ao PMDB, quando Helder Barbalho foi prefeito do município por dois mandatos. "Foi uma relação difícil, Helder excluiu o partido. Em Ananindeua nós passamos os oito anos de governo do PMDB e não mudou nada. Ananindeua continuou sem saneamento, apenas 36% das pessoas com acesso a água, a saúde não melhorou, as obras do PAC ficaram paradas", criticou.
Esses motivos resultaram, segundo Oeiras, em uma posição majoritária no município contra a aliança e a favor de Puty.
Para a integrante do Fórum do Meio Ambiente e do Movimento de Mulheres, do Distrito de Icoaraci, Luiza Tomas, filiada há 18 anos no PT, a organização não pode se curvar a outros partidos. "O PT tem uma grande projeção a nível nacional e a nível estadual. Não podemos ficar alheios aqui no Norte. Precisamos reafirmar o legado de nosso governo. Nós fizemos infocentros para as comunidades carentes que não tinham acesso a internet e a comunicação. O governo atual acabou com esse projeto", criticou.
Fonte: Amazônida Jornal, na edição desta sexta-feira, 14 de março de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário