O braço da rede terrorista al-Qaeda no Iêmen confirmou a morte do
líder Nasser al-Wuhayshi, ex-secretário do Osama bin Laden, número 2 dos
terroristas e um dos fundadores do grupo na Península Arábica.
Al-Wuhayshi, que comandava a rede no Iêmen e na Arábia Saudita, foi
morto em um ataque aéreo americano com um drone na última sexta-feira.
— Nós da al-Qaeda na Península Arábica lamentamos a morte de Abu
Basir Nasser al-Wuhayshi, que Deus o tenha, morto em um ataque
americano, junto a dois de nossos irmãos — disse Khaled Batarfi, membro
do grupo, acrescentando: — Os inimigos de Deus devem saber que a batalha
de hoje é com uma nação de um bilhão, não com uma pessoa. Matar os
líderes da Jihad não materia a Jihad e sua vontade.
O líder militar da al-Qaeda na Península Arábica, Qasim al-Raimi, foi nomeado o sucessor de Nasser.
Segundo o portal iemenita Almasdar, al-Wuhayshi foi atingido na
cidade de Mukalla, recentemente tomada pelos jihadistas, que chegaram a
libertar mais de 200 prisioneiros de uma cadeia de alta segurança.
Tweets atribuídos a colegas de organização também falam em “martírio”,
segundo a CNN.
O ex-secretário de Bin Laden comandava o braço iemenita do grupo
desde 2002, ano em que foi preso. Ele escapou quatro anos depois em
Sanaa, e ajudou a fundar em 2009 o braço que engloba Iêmen e Arábiua
Saudita.
Tanto al-Wuhayshi quanto al-Raimi são procurados por EUA, Arábia
Saudita e Iêmen, com recompensa por sua captura ou morte estipulada em
US$ 10 milhões pelo Departamento de Estado.
A al-Qaeda tem aumentado suas ações no Sul do Iêmen com a crise
provocada pelo conflito entre os rebeldes xiitas houthis e o governo
iemenita. Em janeiro, os atiradores que mataram 12 funcionários do
“Charlie Hebdo”, em Paris, se declararam ligados à organização. A AQPA
reivindicou a autoria do atentado.
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