O governo do Estado tropeça no açodamento: um dia depois do abalroamento da ponte sobre o Rio Moju, o secretário de Transportes anunciou que em 24 horas haveria um laudo pericial e em 6 meses a ponte estaria recuperada.
Considerei a declaração daqueles apertados prazos uma temeridade, mormente quando declinados por um secretário com formação em engenharia.
Na postagem sobre o assunto, vendo as dezenas de fotografias que me chegaram, opinei que a recuperação, ou reconstrução total da ponte, poderia durar não menos de 24 meses.
Passados 10 dias, a perícia, que seria feita em 24 horas, sequer começou – e não tem como começar – e ontem (2), o secretário de Transportes, Eduardo Carneiro, declarou a “O Liberal”, que em “em 40 dias, serão retirados os destroços” e “somente depois da remoção é que a consultoria contratada pelo governo do Estado começará a elaborar projetos.”.
Em seu fluxo de sensatez, o secretário também declarou que “a solução definitiva para o problema só virá em um ano”, o que passa a aferir razoabilidade ao discurso e é índice de que o Governo pretende realizar a obra com dispensa de licitação.
Pelo sim, pelo talvez, mantenho o prazo de 24 meses: o seguro morreu de velho e o desconfiado ficou para o enterro.
> E os responsáveis?
Mas o que eu ainda não ouvi é quais providências o Governo toma para que as empresas envolvidas no episódio paguem cada centavo do prejuízo causado ao Estado, inclusive as despesas com as balsas que baldeiam os veículos de lado a outro do Rio Moju.
FONTE: Blog do Parsifal 5.4.
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