Apoiou Leonel Brizola e Lula em 1989, costurou o
apoio de evangélicos do Rio de Janeiro à eleição de Benedita da Silva
(PT) ao senado, foi parte do governo de Anthony Garotinho (PR), apoiou a
eleição de Sérgio Cabral (PMDB) e, em 2010, depois de garantir apoio a
José Serra, acabou apoiando a eleição de Dilma Rousseff.
Trata-se
de Everaldo Pereira, mais conhecido como Pastor Everaldo,
vice-presidente do Partido Social Cristão (PSC), cuja candidatura a
presidente da República foi lançada pelo partido em 08.04.
E
por que a referência? É que as sondagens qualitativas e quantitativas
do PT apontam que Everaldo, com a ausência de Marina Silva na corrida,
pode vir a ser aquele com probabilidades de levar a eleição para o
segundo turno, caso alcance 10% das intenções de votos, o que não é
improvável.
De extrema direita, Everaldo é ligado
aos mais conservadores parlamentares da Câmara Federal e tem estreita
relação com o atual líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que, às
turras com a presidente Dilma, pode vir a apoia-lo no estado do Rio de
Janeiro.
O crescimento do PSC, ligado à
Assembleia de Deus, que em 2003 elegeu 1 deputado federal e em 2010
elegeu 17, também preocupa os estrategistas da reeleição de Dilma: caso a
taxa de crescimento do PSC tenha rebatimento na candidatura
presidencial de Everaldo, ele pode ser o nome a ameaçar a vitória de
Dilma em primeiro turno.
“Enquanto esse
governo é um governo estatizante, nós deixamos claro para a sociedade
brasileira: nós somos privatizantes. Tudo que for possível tirar da mão
do estado, da corrupção, para passar para a iniciativa privada, e a
gente pegar os recursos para colocar na educação, na saúde, e na
segurança pública, nós vamos fazer”, declarou Everaldo no discurso
em que lançou a sua pré-candidatura, já medida com potencial de 3% de
votos na mais recente pesquisa do Ibope e de 2% no Datafolha.
Everaldo
poderá vir a ser música ao ouvidos dos eleitores conservadores, que
desde a entrada do PT no Planalto ficaram órfãos de repercussão e, mais
referente que isso, na última pesquisa geral do IBGE (2010) 22% dos
brasileiros se declararam evangélicos e, desde então, sondagens menos
ortodoxas declaram que aquele percentual pode ter dobrado.
FONTE: Parsifal 5.4.
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