sábado, 19 de abril de 2014

Busca aos desaparecidos do avião no Tapajós




Mapa1
por David Marinho (*)
Depois de várias semanas do desaparecimento do avião bimotor da Jotan com cinco pessoas a bordo, no trajeto entre Itaituba e Jacareacanga, é desesperador o sofrimento das famílias dos sinistrados nessa expectativa de encontrá-los ainda com vida.
As tentativas convencionais e tecnológicas de busca mostraram-se ineficazes até agora. Só resta uma tentativa minuciosa com pessoas voluntárias, como garimpeiros, mateiros, índios, assim como militares dos batalhões de selva adentrarem na mata a pé fazendo uma varredura.
Por isso, os familiares devem fazer pressão nas autoridades federais, estaduais e municipais para o fornecimento de materiais logísticos, alimentação e pessoal, afinal os parte dos desaparecidos são funcionário públicos federais que estavam a serviço.
Aqui vai uma humilde sugestão de busca onde sinalizei num mapa extraído do Google Earth, a partir das duas margens do rio (direita e esquerda), já que os pilotos usam os rios como referência de seus voos.
Mapa2
Partiriam várias equipes formadas por três pessoas cada, tendo entre elas alguém experiente em andar na mata, equipados com armas, botes infláveis, mantimentos e instrumentos de orientação como bússolas ou GPS, rádios, sinalizadores e fogos de artifícios para comunicação.
Elas caminhariam, se possível, até 30 Km dentro da mata, em linha reta, afastadas uma das outras em 50 metros, com a necessidade de pernoitarem na mata para dar continuidade logo no dia seguinte.
Finda essa distância, todos previamente combinados se deslocariam rumo ao Sul, ultrapassando toda a faixa de varredura feita, e retornariam fazendo outro trajeto ainda virgem no sentido inverso até a margem do rio. E assim sucessivamente, na direção do Norte para o Sul (conforme esquema da figura 2), até ultrapassar Jacareacanga, pois o piloto pode ter se perdido e ter voado sem rumo pela falta de visibilidade e sobrevoado inclusive no Estado do Amazonas.
O ponto de partida dessa busca deveria ser mais ou menos do lugar de onde foi feito o contato por mensagem de celular, que pelo horário da saída do voo de Itaituba, a velocidade do avião e a distância entre Itaituba e Jacareacanga, assim como a capacidade de voo com o combustível que tinha em seus tanques, os profissionais da área com um simples cálculo poderiam precisar esse local de partida dessa varredura, inclusive até onde poderia ter chegado sua capacidade de voo
com o combustível disponível.
Sei que a topografia do terreno e alagados dificulta muito, mas alguma coisa tem de ser feita com esforço no intuito de ajudar, e tudo será possível. E esperamos em Deus, para que esse pessoal esteja ainda com vida esperando esse socorro que não deve demorar muito.
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* Santareno, é projetista e gestor Ambiental. Escreve regularmente neste blog.
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