Bairros e distritos de Belém se agitam, neste sábado, com críticas e brincadeiras
Críticas à Celpa e à corrupção na política brasileira prevalecem entre os temas abordados na Malhação de Judas na rua Fernando Guilhon, no bairro da Cremação, desde ontem (3) a noite, quando começou o tradicional Velório dos bonecos. Figuras de todos os tamanhos tomaram conta da via, em meio a shows, brinquedos e comidas típicas. A malhação dos bonecos também será realizada hoje (4) pela manhã. Outro tema que virou motivo da brincadeira foi o escândalo do propinoduto da Petrobras e a cobrança de tarifa de energia elétrica, considerada exorbitante pelas famílias, além da “trairagem” de alguns políticos nas eleições de 2014. A programação tem apoio logístico, incluindo subvenção, da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).
A prefeitura apoiou 102 associações de malhadores de Judas nos bairros da Cremação, Guamá, Jurunas, Benguí, Barreiro eTerra Firme e nos distritos de Icoaraci e Outeiro. Na Cremação, a Polícia Militar mobilizou 30 homens e mais viaturas para pernoitar na Fernando Guilhon, garantindo a segurança da população.
A Associação dos Judas da Cremação, fundada por “Seu Quincas” há 65 anos e presidida por Paulo Ribeiro, confeccionou sete bonecos com talas de miriti, goma, enchimento de papel e roupas de brechó. “Investimos R$ 5 mil na programação e os nossos judas tratam da Celpa, com essa tarifa abusiva; da Dilma, para saber o que a presidente tem a dizer sobre a corrupção na Petrobras e no governo; a Operação Lava-Jato, para punição dos corruptos e maior rigor na apuração; o apóstolo Judas, que traiu Jesus; os 65 anos da AJC e mais dois bonecos pequenos representando o salário mínimo e o desempregado”, disse Paulo. Os malhadores de judas da passagem Teixeira (Amajutex), coordenados por Haroldo Cardoso, criticam o Partido dos Trabalhadores no Petrolão, a presidente Dilma e produtores culturais que não apoiam, de fato, a cutlura paraense. A Gamajuc critica a Celpa e o sumiço das verbas do PréSal.
As associaões de malhadores AJOC, presidida por Ednilson Santos, e a Cheiro Cheiroso, liderada por José Ricardo Nascimento, prepararam seis bonecos, incluindo políticos. Na Amajuc, de Alberto Cantanhede, oito bonecos foram feitos para cobrar que “as denúncias de corrupção nacional não acabem em pizza”.
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