sábado, 18 de abril de 2015
Lideranças do povo munduruku, do sudoeste do Pará, reforçaram ontem seu posicionamento contra a construção de barragens no rio Tapajós e criticaram o impasse na demarcação de terras na região, que dificulta a retirada de centenas de garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente dentro de seu território.
A posição foi firmada durante coletiva de imprensa promovida com o objetivo de divulgar os problemas da etnia, na sede da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase). Os indígenas divulgaram, também, uma carta aberta na qual repudiam o pronunciamento do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que afirmou possuir “um bom diálogo com os munduruku”. Eles alegaram que a declaração, feita na última quarta-feira durante audiência pública no Congresso Nacional, não reflete a realidade do relacionamento do governo com eles. O cacique-geral munduruku Arnaldo Caetano Kabá, o coordenador da Associação Indígena Pussurú, Josias Manhuari, e a coordenadora do Movimento Iperêgayû, Maria Leusa Munduruku integraram a comitiva que passou a semana em Brasília na mobilização contra a PEC 215, que pretende transferir para o Legislativo as decisões acerca da demarcação de terras indígenas, hoje uma prerrogativa do Poder Executivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário