Foto: Reprodução Facebook/ Sintepp
Dezenas de trabalhadores em educação
do Pará se concentram desde o início da manhã desta terça-feira (14),
em frente à Assembleia Legislativa do Pará, em um ato público em defesa
da educação. O objetivo dos manifestantes é tentar o apoio dos deputados
para intermediar um acordo, mediante ao governo, que favoreça a
categoria. A greve já dura 20 dias.
Uma das coordenadoras do Sintepp
(Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará), Conceição
Holanda, explica o objetivo do ato. 'Vamos tentar conversar com os
deputados, líderes de partido, para pedir uma intervenção do Legislativo
para fazer a mediação desse processo de negociação com o Governo, como
eles têm feito há tempos, nas últimas greves da categoria', ressalta.
Prejuízos -
De acordo com o Sintepp, a paralisação atinge 110 municípios do Estado.
Em Belém, 97% das escolas não estão funcionando. 'Nas que ainda está
tendo aula, funcionam com servidores temporários', explicou a
coordenadora do Sintepp. A greve prejudica 50 mil estudantes em todo
Estado.
Reação do Governo -
Na última sexta-feira (10), o governo do Estado, por meio da
Procuradoria Geral do Estado (PGE), protocolou na Justiça pedido de
abusividade da greve dos professores. A decisão foi tomada diante das
recusas do Sintepp às propostas do governo apresentadas nas duas
reuniões em que se buscou o fim da paralisação. Além de garantir a
continuidade do pagamento do piso nacional do magistério, o governo do
Estado sinalizou com a implantação da jornada integral de trabalho com
adicional de um terço de hora atividade, duas das mais importantes
reivindicações dos educadores em todo o Brasil.
Greve -
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 25
de março. Eles reivindicam calendário de reforma nas escolas, pagamento
do piso salarial, reajustado em janeiro em 13,01%; eleições diretas
para diretor; aprovação da proposta de PCCR unificado para contemplar a
carreira e remuneração dos funcionários que não fazem parte do
magistério; cumprimento imediato do PCCR, com enquadramento imediato na
progressão horizontal e vertical, bem como os seus respectivos
retroativos; aplicação da jornada de 1/3 para hora atividade; concurso
público e garantia de desburocratização das bolsas de pós-graduação e
lançamento de edital.
Fonte: ORM News
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