A médica urologista Myriam Priscilla Rezende de Castro, 34 anos, condenada a seis anos de prisão no regime semiaberto por ter mandado cortar o pênis do ex-noivo, é considerada foragida pela Subsecretaria de Administração Prisional do Estado de Minas Gerais (Suapi - MG).
Segundo o órgão, a detenta está foragida do complexo penitenciário Estevão Pinto, em Belo Horizonte. Ela tinha autorização judicial para trabalho externo e não retornou à unidade prisional, após o expediente de trabalho, no dia 28 de janeiro deste ano.
Conforme nota, a Suapi informou ter lançado a fuga dela no Infopen (Sistema de Informações Penitenciárias). O advogado Giovanni Toledo, defensor da médica, classificou a emissão da nota da Suapi de "irresponsável".
"A Suapi soltou essa nota de maneira totalmente equivocada e irresponsável. A Miryam estava com direito ao trabalho, saiu de manhã, no dia 28, e passou mal. Ela está grávida de gêmeos, uma gravidez de alto risco", afirmou o defensor.
Ainda segundo ele, no dia 28, à tarde, ele disse ter ido comunicar a internação da cliente ao juiz do caso.
"No dia 29, o juiz deu um despacho no qual ele manda oficiar a penitenciária sobre a internação dela e retirar a nota de fuga. Aí, vem a secretaria e solta uma nota irresponsável dessa forma", declarou.
Ainda conforme Toledo, a médica está com pressão alta, anemia grave e dilatação precoce do útero.
Relembre o caso
O crime contra o ex-noivo ocorreu em Juiz de Fora, Minas Gerais em 2002. A médica foi condenada em abril de 2009, mas não foi presa imediatamente em razão dos diversos recursos impetrados pelos seus advogados.
Ela só veio a ser presa em abril do ano passado, em Pirassununga (211 km de São Paulo), após expedição de mandado da prisão pela Justiça. De acordo com o processo, à época do rompimento do casamento, a médica teria se revoltado contra o homem e passado a ameaçá-lo. Ele teve sua casa e um automóvel incendiados.
Em seguida, ainda de acordo com o processo, Myriam, com a ajuda do pai, teria contratado dois homens para mutilar o ex-noivo. Por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante o julgamento, o pai cumpre pena em regime domiciliar.
(DOL com informações do site Extra)
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