quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

PARÁ: Oposição volta a pedir explicações de secretário

 Oposição volta a pedir explicações de secretário (Foto: Arquivo Ascom Seduc)
Mais uma vez a oposição insistiu, ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa (AL), por uma visita do secretário de estado de Educação, Helenilson Pontes, ao parlamento, para prestar esclarecimentos sobre o caos educacional no Pará. 
O líder da bancada do PMDB, Iran Lima, foi um dos que defendeu a proposta, reforçando ainda que o governo do Estado não pode tentar transferir responsabilidades sobre os péssimos índices da Educação no Pará. “Houve uma greve em 2014 que durou metade do ano. Foram discutidos reajustes, compensações financeiras para docentes. E hoje, desde o início desse mês, foi dito que seria paga a última parcela desse reajuste e nada, embora o governo divulgue que está em vias de ser resolvido e nós esperamos que isso realmente aconteça”, disse.
“Mas é um dos problemas apenas. Hoje mesmo [ontem] as TVs divulgaram um relatório elaborado com anuência do Ministério Público Federal que trata sobre a precariedade das escolas e informando que a Seduc não teria tido conhecimento sobre o documento. A Seduc precisa vir aqui, sim, para esclarecer logo o que está acontecendo com a infraestrutura escolar do Estado, que nós sabemos que é extremamente precária”.
O petista Carlos Bordalo ratificou o discurso do colega de oposição. “As lideranças, tanto do governo quanto do PSDB nesta casa, quando discursaram, jogaram a questão para o repasse do governo federal, fugindo do tema, como é de costume, porque não conseguem responder algo que não tem resposta. Quem está dizendo que esta é uma das maiores crises já enfrentadas pela educação pública neste Estado não sou eu, nem o PT e nem o PMDB.É o Ministério da Educação, o Ministério Público Estadual, o MPF”.
Bordalo lembrou que na semana passada, foi divulgado que 100 mil alunos na reta final do Ensino Médio no Pará não possuem domínio sobre as operações matemáticas e nem da Língua Portuguesa. “Em outubro, o Pará recebeu cerca de R$ 15 milhões em verbas oriundas de convênio, mas o que ouvimos é que não tem dinheiro para terminar as obras nas escolas. O governo de agora é de continuidade e tem que responder, o secretário de Educação precisa esclarecer o que está havendo”.


PISO SALARIAL
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará vai ao Ministério Público Estadual hoje, a partir das 9h, a fim de formalizar denúncia contra o governador do Estado, Simão Jatene, por não ter, até o momento, segundo o sindicato, apresentado perspectiva para o pagamento do piso nacional dos profissionais da Educação estabelecido desde 6 de janeiro. Em assembleia, a categoria deliberou ainda pela realização de uma marcha em defesa da Educação com paralisação marcada para o dia 19 de março, e, no dia seguinte, eles realizam nova assembleia para avaliar o indicativo de greve.
Constam ainda denúncias relacionadas à ausência de reformas nas escolas. Os trabalhadores estariam descontentes com a chamada “nova-velha política” de Jatene para a Educação.
Fonte: (Diário do Pará)

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