Em
uma reunião de quase três horas, ontem (3), com a presidente da
Petrobras, Graça Foster, a presidente Dilma Rousseff decidiu fazer, até o
final de fevereiro, o que já deveria ter sido feito antes do final do
ano passado: demitir Foster e de toda a diretoria da empresa.
As
especulações apontam três nomes como prováveis futuros presidentes da
Petrobras: Henrique Meireles, ex-presidente do Banco Central, Roger
Agnelli, ex-presidente da Vale e o ex-presidente da BR Distribuidora
Rodolfo Landim.
Foster é servidora de carreira
da petroleira e sempre foi tida como uma técnica competente, mas a sua
permanência na presidência já era uma temeridade desde que jorraram as
entranhas da empresa na Operação Lava.
A
presidente Dilma Rousseff relutava em entregar os pontos aos fatos e
defenestrar Foster. A gota que entornou o copo do Planalto foi Foster
ter divulgado que os ativos da Petrobras foram inflados em R$ 88,6
bilhões, que a exploração de petróleo cairia "ao mínimo necessário" e que haveria cortes de investimentos e desaceleração de projetos.
Ou seja, a presidente da Petrobras não caiu na esteira da Lava Jato, mas porque disse a verdade sobre a situação da empresa.
Verdade
que Foster, por lei, está obrigada a anunciar, pois as situações
publicadas constituem fatos relevantes para o mercado e toda empresa que
comercializa as suas posições nas bolsas está obrigada a emitir tais
fatos relevantes para incrustar transparência na comercialização das
suas ações.
Mas se os fatos relevantes
publicados foram causa de queda do valor das posições da Petrobras na
bolsa, o anúncio da saída de Foster e de toda a diretoria teve como
efeito a subida das mesmas ações em 15%, ou seja, em um dia a Petrobras
recuperou valor de face em aproximadamente R$ 15,6 bilhões.
O
aclive do valor da ações, após o anúncio da saída de Foster, também
ratifica o equívoco da presidente Dilma em não ter tomado a decisão há
mais tempo.
Fonte: Parsifal.
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