terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

BRASIL: Desemprego ficou em 6,5% no quarto trimestre de 2014, diz IBGE




A média anual do desemprego ficou em 6,8%, segundo Pnad Contínua.
Taxas foram menores do que as registradas em períodos anteriores.


TAXA DE DESEMPREGO (PNAD)
em %
7,97,57,16,987,46,96,27,16,86,86,51º tri/122º tri/123º tri/124º tri/121º tri/132º tri/133º tri/134º tri/131º tri/142º tri/143º tri/144º tri/140246810
Fonte: IBGE
A taxa de desemprego ficou em 6,5% no quarto trimestre do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2014, a taxa média atingiu 6,8%.
O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O novo indicador mostra um desemprego maior que o calculado pela PME, que terminou o ano em 4,8%.
Em relação ao terceiro trimestre, quando o desemprego ficou em 6,8%, a taxa do quarto trimestre diminuiu. No entanto, frente ao mesmo período de 2013, houve aumento. Naquele trimestre, o índice havia atingido 6,2%.
 
Na média de 2014, a taxa também foi menor do que a de 2013 e 2012, quando o índice chegou a 7,1% e 7,4%, respectivamente.
"A cada trimestre, a PNAD Contínua investiga 211.344 domicílios em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500 municípios", informou Cimar Azeredo, Coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No quarto trimestre, a população desocupada somou 6,5 milhões de pessoas, abaixo das 6,7 milhões nos três meses anteriores. Segundo a pesquisa, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada.
Entre os trabalhadores domésticos, 32,1% tinham carteira de trabalho assinada no 4º trimestre de 2014, acima dos 31,1% registrados no mesmo trimestre do ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,2% dos empregados do setor público.
Homens, mulheres e jovens
De acordo com o IBGE, há uma grande diferença na desocupação entre gêneros. Nos últimos quatro meses de 2014, a taxa foi estimada em 5,6% para os homens e 7,7% para as mulheres.
A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade ficou acima da média, em 14,1%. Nos grupos de 25 a 39, o índice ficou em 6,3% e de 40 a 59 anos de idade, em 3,3%.
Para quem tem ensino médio incompleto, o desemprego atingiu 11,6%. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 6,8% - o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (3,4%).
Sem patrão
No 4º trimestre de 2014, a população ocupada era composta por 69,5% de empregados, 4,2% de empregadores, 23,4% de trabalhadores por conta própria e 2,8% de trabalhadores familiares auxiliares.
Nas regiões Norte (29,9%) e Nordeste (29,7%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao observado nas outras regiões. Na região Norte ficou em 6,7% e na Nordeste, em 4,1%.
De acordo com o IBGE, 72,8% dos empregados estavam no setor privado, 18%, no setor público e os demais, no serviço doméstico (9,3%).
Nem ocupadas nem desocupadas
No 4º trimestre, 39,1% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas.
A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (43,1%), seguida por Centro-Oeste (35,0%) e Sul (36,4%).
Essa população fora da força de trabalho era composta por mulheres (66,2%). Além disso, cerca de 35% da população fora da força de trabalho era composta por pessoas com 60 anos ou mais de idade.
Aqueles com menos de 25 anos chegavam a 29,2% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 36,3%.
Nível de ocupação
O nível da ocupação foi estimado em 56,9% nos últimos quatro meses do ano. Não houve variação significativa em relação ao trimestre anterior, quando era 56,8%. As regiões que apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar foram a Centro-Oeste (61,5%) e a Sul (61,2%). No Nordeste, o nível da ocupação chegou a 52,2%.

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