O professor africano Emmanuel Akomanyi, de 29 anos, veio parar em Goiânia,
por engano, ao tentar viajar à Guiana Francesa. Natural de Gana, ele
conta que a confusão ocorreu no aeroporto de São Paulo, onde pediu a um
funcionário de uma agência de turismo uma passagem para o país vizinho.
No entanto, o atendente confundiu a pronúncia e entendeu que ele se
referia à capital goiana. Agora, o africano não tem dinheiro para seguir
viagem.
Emmanuel só descobriu que estava na cidade errada quando entrou dentro
do táxi em Goiânia, no dia 14 de fevereiro, e mostrou o endereço de uma
universidade na Guiana Francesa. “Então, ele [taxista] me mostrou no
mapa onde eu estava: Goiânia. E eu disse: Estou perdido”, relata o
professor.
A agência de turismo que vendeu a passagem de São Paulo a Goiânia, a
Visão Turismo, informou, em nota, que opera há oito anos no Aeroporto
Internacional de Guarulhos e que todos os funcionários falam inglês. A
empresa afirma que o cliente pediu a passagem para Goiânia e não à
Guiana Francesa.
Sonho de ser médico
O africano deixou a família em busca do sonho de ser médico. De acordo com o professor, ele economizou por dois anos para viajar de Gana à Guiana Francesa, onde ganhou uma bolsa de estudos para cursar medicina.
O africano deixou a família em busca do sonho de ser médico. De acordo com o professor, ele economizou por dois anos para viajar de Gana à Guiana Francesa, onde ganhou uma bolsa de estudos para cursar medicina.
Como gastou parte do dinheiro para comprar a passagem errada, Emmanuel
não tem a quantia suficiente para viajar ao país vizinho. Ele possui
apenas R$ 37 e US$ 37.
O africano só não está na rua devido à ajuda de funcionários e
passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, que custearam a estadia em um
hotel simples da capital por alguns dias. Depois, a dona de casa Lourdes
Ricardo soube da história e ofereceu um quarto em sua residência para
que o professor se hospedasse. “Tem espaço na minha casa, tem um
quartinho desocupado, então eu trouxe ele pra cá, até ver como é que
fica”, diz Lourdes.
A dona de casa iniciou uma campanha para ajudar Emmanuel a seguir
viagem. “Eu queria que as pessoas colaborassem também doando dinheiro.
Se alguma agência de viagem puder dar uma passagem também, ele ia ficar
muito grato”, pede Lourdes.
Fonte: G1
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