A ‘Viúva Negra’ do Rio Grande do Norte, que segundo a polícia matou cinco companheiros ao longo da vida, deu detalhes de como fez sua última vítima, crime ocorrido no domingo (26) na zona rural de Ielmo Marinho, na GrandeNatal. De acordo com o depoimento de Maria Nazaré Félix de Lima, ela bebia com o namorado antes de matá-lo. Ela conta também que esperou pelo momento oportuno antes de golpeá-lo com um pedaço de pau. Ao levar a primeira paulada, o namorado estava sentado na cama fumando um cigarro.
Maria Nazaré, que foi presa logo após o crime, encontra-se detida na Delegacia de Polícia Civil de João Câmara, onde aguarda transferência para uma unidade prisional do estado. Já o corpo do namorado, identificado como Francisco Garcia da Silva, de 59 anos, foi enterrado na noite desta segunda (27). Maria Nazaré e Tico, como ele era mais conhecido, viviam juntos há pouco mais de dois anos numa pequena casa no distrito de Oiticica, local onde aconteceu o homicídio.
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O G1 teve acesso ao depoimento de Maria Nazaré nesta terça-feira (28). Em um determinado trecho do documento, o delegado Getúlio Torres, plantonista que efetuou a prisão da suspeita, pergunta em qual momento ela pensou em matar o companheiro. Em resposta, Maria Nazaré relata que “estavam bebendo, ela e a vítima, quando após a tentativa de Tico lhe agredir com uma faca, ela esperou e, na primeira oportunidade, fazendo uso de um pedaço de madeira, desferiu alguns golpes”.
Ainda de acordo com depoimento, Maria Nazaré acrescenta que o primeiro golpe foi dado quando Tico estava sentado na cama fumando um cigarro. Ela disse ainda que o namorado, após receber esta primeira paulada, já caiu inconsciente, “não sabendo explicar quantos golpes veio a desferir após o primeiro”.
As motivações para o crime, segundo a própria suspeita, foram as agressões que ela alega ter sofrido durante o relacionamento. Depois de ser ouvida na delegacia de Ielmo Marinho, Maria Nazaré foi levada para a Delegacia Regional de João Câmara, onde permanece detida. Após assumir o caso, o delegado regional Nivaldo Floripes revelou que ela será indiciada, possivelmente, por homicídio qualificado por motivo fútil e à traição. Este último acontece quando se torna impossível a defesa da vítima.
Assassina confessa
Dos cinco companheiros mortos, Maria Nazaré confessa ter matado quatro. E justifica os crimes: "Eles me batiam", defende-se. Em três destes crimes, cometidos na década de 1990, ela foi condenada e chegou a passar muitos anos presa. Há 5 anos ela estava em liberdade.
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