Conforme
já esperado pelo próprio Congresso, a presidente Dilma Rousseff vetou
integralmente o projeto de reajuste de 78% nos salários dos servidores
do Judiciário. O impacto de R$ 25 bilhões nos próximos quatro anos na
economia, que seria gerado com a medida, foi o principal motivo para a
presidente negar o texto.
“Um impacto dessa magnitude é contrário aos esforços necessários para
o equilíbrio fiscal na gestão de recursos públicos”, disse a presidente
no veto.
No dia 30 de junho, o Senado aprovou o aumento de 53% a 78,56% para a
categoria. Em meio a polêmicas, enquanto o PT defendia o adiamento da
votação, para se chegar a uma alternativa, outros parlamentares
celebravam a aprovação.
Na ocasião, o líder do governo do Senado, Delcídio Amaral (PT-MS),
alertou que a aprovação dos senadores seria perda de tempo, uma vez que a
proposta, da forma como está, seria vetada pela presidente da
República, correndo o risco de “começar tudo do zero”.
“Quero registrar que esse projeto será vetado e as negociações vão
retornar a zero. O governo vetará esse projeto e muitos aqui sabem o
porquê: por conta dos desdobramentos dessa proposta que foi hoje aqui
aprovada”, havia dito.
O Planalto pretendia enviar uma outra proposta ao Senado, depois de
negociação entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF). Delcídio
afirmou que o projeto seria enviado antes do recesso, e que o Senado
deveria esperar. Como deixou a proposta passar, Dilma vetou o texto.
No dia seguinte à aprovação do Senado, o ministro do Planejamento,
Nelson Barbosa, havia adiantado que o reajuste era “incompatível”. No
mesmo dia, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a proposta era
“insustentável”.
De acordo com o Planejamento, o impacto seria de R$ 1,5 bilhão em
2015, R$ 5,3 bilhões em 2016, R$ 8,4 bilhões em 2017, e R$ 10,5 bilhões
em 2018. O veto foi publicado nesta terça-feira (22) no Diário Oficial
da União.
Nenhum comentário:
Postar um comentário