A crescente insatisfação com o atual governo Dilma Rousseff e os sucessivos escândalos de corrupção - que chegam a mais um emblemático capítulo com o Petrolão - devem levar hoje às ruas de 200 cidades brasileiras cerca de 100 mil pessoas. Integrantes de grupos políticos, movimentos sociais e “cidadãos comuns” prometem marchar em busca de adesão à campanha pelo impeachment da presidente, que vive a sua maior crise. Capitaneada pelos movimentos Vem Pra Rua, Brasil Livre e Legalistas (militares) a manifestação deste domingo tem ações já confirmadas em pelo menos 22 capitais e em outras 40 grandes cidades a partir das 8 horas. No Pará, os municípios de Belém e Marabá devem concentrar os atos com o maior número de pessoas. Mais de 20 mil são esperadas na capital do Estado.
Na Região Metropolitana de Belém (RMB), diversos movimentos sociais se organizaram nos últimos quarenta dias para promover o que eles chamam de “Marcha Cultural em Defesa do Brasil”. Esta manifestação, no entanto, vai além dos escândalos de corrupção envolvendo a maior empresa estatal do Brasil, a Petrobras. De acordo com os líderes do movimento, a marcha ganhou força após o anúncio das mais recentes medidas adotadas pelo governo federal, dentre as quais ganham destaque o aumento excessivo dos bens controlados, como é o caso dos combustíveis e da energia elétrica, a elevação do desemprego, o descontrole da inflação e a contestável política tributária.
Em Belém, a concentração vai ocorrer às 8 horas na Escadinha da Estação das Docas, no Boulevard Castilho França. O movimento foi organizado por associações de bairros e entidades populares sem fins lucrativos, sendo que os organizadores prometem coibir a participação de bandeiras políticas. Durante a marcha, estão previstas apresentações folclóricas e musicais, não especificadas pelos organizadores, além de coleta de assinatura para composição de uma Carta de Intenção, que será entregue pelos representantes das entidades em Brasília, ao Ministério Público Federal (MPF), ao Supremo Tribunal Federal (STF), e ao Congresso Nacional.
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