Mesmo com os seus grupos definidos, a Liga Sul-Minas-Rio - ou
Primeira Liga, como foi batizada - segue atraindo o interesse de
diversos clubes pelo país. Em sua última reunião, em Curitiba, na semana
passada, o representante do América-MG, Marcus Salum, acabou ficando
encarregado de encaminhar o pedido de entrada de diversos times da Série
B na entidade.
Num primeiro momento, o CEO Alexandre Kalil e os demais dirigentes
preferiram segurar as conversas. O mesmo aconteceu com o Goiás, que
encaminhou ofício para também disputar o campeonato, conforme revelado
anteriormente pelo ESPN.com.br. Até aqui, a diretoria esmeraldina foi a
única a ter feito a solicitação por escrito.
Ponte Preta e Botafogo foram outros a sondar. O Santos colheu
informações. 'Fui o porta-voz de vários pedidos', revela Salum,
principal liderança da segunda divisão do Brasileiro.
Paysandu e Atlético-GO estão entre os interessados em ingressar na
Primeira Liga. 'É clarividente que temos todo o interesse. Se isso
acontecer, ficaremos felizes. Na próxima semana, estarei indo ao Rio de
Janeiro e esse é um assunto que pretendo tratar', afirma o presidente do
Paysandu, Alberto Maia. Em 2016, o time paraense depende do ranking
nacional para se garantir na Copa Verde.
'Temos falado com o Salum e a gente não quer perder a oportunidade de
crescimento para o clube. Se for positivo, como é o caso, não vamos
deixar passá-la. Estamos no aguardo de uma decisão', diz o diretor de
futebol do Atlético-GO, Adson Batista.
A Liga Sul-Minas-Rio conta hoje com 15 fundadores e é formada
atualmente por América-MG, Avaí, Atlético-MG, Atlético-PR, Chapecoense,
Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Flamengo,
Internacional, Joinville, Grêmio e Paraná.
Na última sexta-feira, em entrevista à Rádio Inconfidência, o
presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, anunciou os grupos da
primeira edição do campeonato.
O critério adotado para definir os participantes foi o ranking da
CBF. Esse foi também, segundo ele, o maior empecilho para permitir a
entrada de outros times nesse primeiro momento.
'Recebemos esses pedidos, eles foram submetidos, mas o entendimento
geral foi de que não dava mais tempo porque tínhamos a tabela da
competição formatada e, se incluíssemos mais algum clube, iria implicar
na distribuição dos times. Um exemplo: se fossem admitidas equipes da
Série A, eles teriam mais pontuação no ranking do que nossos membros de
Santa Catarina e América-MG', explica Gilvan, em contato com a
reportagem.
'Não havia outra forma de construir a tabela. O Estatuto do Torcedor
não permite que a definição seja feita através de convite', conclui.
Veja abaixo as chaves:
Grupo 1
Cruzeiro, Fluminense, Avaí e América-MG;
Grupo 2
Grêmio, Internacional, Atlético-PR e Chapecoense;
Grupo 3
Atlético-MG, Flamengo, Figueirense e Coritiba.
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