Apenas em 2015, 19 policiais militares
foram assassinados no Pará. Outros 8 foram baleados, um deles ficou
tetraplégico. Na tarde de ontem, a Associação de Cabos e Soldados da
Polícia e Bombeiros Militar do Pará criticou, em entrevista ao DOL, a
falta de ações do Governo do Estado do Pará para mudar essa realidade.
O assunto voltou a ser comentado após a
morte do soldado da Polícia Militar, Vitor Pedroso. “Só este ano já
foram 19 PMs mortos e o Governo não se manifesta”, critica o cabo Manoel
Campelo, vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia e
Bombeiros Militar do Pará, ao afirmar que o Governo de Simão Jatene
também não dá assistência para as famílias das vítimas. “Todos os dias
recebemos pedidos de ajuda de familiares de policiais mortos, que estão
sem nenhum auxílio”.
Segundo o cabo, a Polícia Militar
precisa de projetos que beneficie a categoria como, por exemplo, alguma
ação para construção de casas para os policiais “pois hoje eles
(policiais) prendem um traficante, mas amanhã ele ( o traficante) é
solto e mora próximo da casa do PM”, diz Campelo.
O cabo afirma, ainda, que o efetivo do
Pará é insuficiente para garantir a segurança da população. “Hoje temos
cerca de 16 mil policiais trabalhando, sendo que temos de levar em
consideração que todos os meses temos os que tiram férias, licenças ou
estão doentes”. Segundo ele, para uma segurança pública realmente
eficaz, seriam necessários, pelo menos, 31 mil policiais militares no
Pará. “Nossa tropa está diminuindo cada vez mais, pois muitos já estão
se aposentando”.
O diretor de interior da Associação de
Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiros Militar do Pará, Marcos Almeida
afirma que “o crime está mais organizado do que a segurança pública no
Estado do Pará”.
(Diário do Pará)
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