quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ESPORTE: Remo sofreu discriminação da torcida e jogadores do Estado do Paraná

 Remo sofreu discriminação da torcida e jogadores (Foto: Mário Quadros)
Embora a relação com a diretoria do Operário-PR tenha sido amistosa durante a passagem do Clube do Remo por Ponta Grossa, pouco tempo após o final da partida de ida das quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série D começaram a pipocar nas redes sociais relatos sobre o comportamento agressivo e ofensivo de alguns torcedores contra a comissão técnica, atletas e outros integrantes da delegação azulina na saída do gramado do estádio Germano Krüger, no último sábado (10).
 
Titular e um dos destaques da partida, o lateral-direito Levy lamentou as ofensas e apontou um fator novo: a empáfia de alguns atletas dentro de campo.
“Francamente, eu nunca joguei contra adversários que se achavam tão diferentes. Menosprezavam e falavam coisas durante o jogo. Acho que se sentiam europeus no meio do Brasil”, opinou.
Apesar do desgosto, Levy refuta qualquer revide. “Vamos com os pés no chão para esse jogo. Sabemos que não ganhamos nada e que eles são um time sério, que vem em busca do resultado”, argumentou o lateral, eleito o melhor da posição rodada passada da quarta divisão.
Levy era um dos jogadores que entraram em campo ‘pendurados’ com dois amarelos e sob o risco de uma suspensão no jogo de volta, marcado para o próximo domingo, a partir das 18 horas, no Mangueirão. Embora preocupado em participar das duas partidas, ele confessou que não dava para tirar o pé. “Corremos o risco várias vezes de tomar o terceiro cartão amarelo, mas tínhamos que nos expor a isso. Não podíamos deixar de colocar o pé porque aquele jogo também era decisivo”, explicou.
Levy ainda não sabe dizer se o time pode sofrer nova mudança tática para o segundo duelo, como foi na partida de ida, mas acredita que a chave para sair com a classificação é a mesma do primeiro jogo: atuar para se impor em campo. “Independente da função tática que o professor vai nos colocar, nós temos que nos impor.
Defendemos uma camisa abençoada, amada por milhões de torcedores, jogamos em casa e precisamos fazer isso valer. Além de mostrar que no Pará e na Região Norte há um povo forte, guerreiro e que merece a classificação, independente do preconceito e das hostilidades de alguns torcedores”, encerrou o lateral.
(Taion Almeida/Diário do Pará)

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