Embora a relação com a diretoria do
Operário-PR tenha sido amistosa durante a passagem do Clube do Remo por
Ponta Grossa, pouco tempo após o final da partida de ida das quartas de
final do Campeonato Brasileiro da Série D começaram a pipocar nas redes
sociais relatos sobre o comportamento agressivo e ofensivo de alguns
torcedores contra a comissão técnica, atletas e outros integrantes da
delegação azulina na saída do gramado do estádio Germano Krüger, no
último sábado (10).
Titular e um dos destaques da partida,
o lateral-direito Levy lamentou as ofensas e apontou um fator novo: a
empáfia de alguns atletas dentro de campo.
“Francamente, eu nunca joguei contra
adversários que se achavam tão diferentes. Menosprezavam e falavam
coisas durante o jogo. Acho que se sentiam europeus no meio do Brasil”,
opinou.
Apesar do desgosto, Levy refuta
qualquer revide. “Vamos com os pés no chão para esse jogo. Sabemos que
não ganhamos nada e que eles são um time sério, que vem em busca do
resultado”, argumentou o lateral, eleito o melhor da posição rodada
passada da quarta divisão.
Levy era um dos jogadores que entraram
em campo ‘pendurados’ com dois amarelos e sob o risco de uma suspensão
no jogo de volta, marcado para o próximo domingo, a partir das 18 horas,
no Mangueirão. Embora preocupado em participar das duas partidas, ele
confessou que não dava para tirar o pé. “Corremos o risco várias vezes
de tomar o terceiro cartão amarelo, mas tínhamos que nos expor a isso.
Não podíamos deixar de colocar o pé porque aquele jogo também era
decisivo”, explicou.
Levy ainda não sabe dizer se o time
pode sofrer nova mudança tática para o segundo duelo, como foi na
partida de ida, mas acredita que a chave para sair com a classificação é
a mesma do primeiro jogo: atuar para se impor em campo. “Independente
da função tática que o professor vai nos colocar, nós temos que nos
impor.
Defendemos uma camisa abençoada, amada
por milhões de torcedores, jogamos em casa e precisamos fazer isso
valer. Além de mostrar que no Pará e na Região Norte há um povo forte,
guerreiro e que merece a classificação, independente do preconceito e
das hostilidades de alguns torcedores”, encerrou o lateral.
(Taion Almeida/Diário do Pará)
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