segunda-feira, 20 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014: Ataques pessoais ficaram fora do penúltimo debate

Ataques pessoais ficaram fora do penúltimo debate
 No penúltimo debate do 2.º turno da eleição presidencial, promovido neste domingo, 19, pela TV Record, os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) tentaram ser mais propositivos e evitaram os ataques pessoais que marcaram o confronto anterior da dupla, na semana passada.

Mais uma vez, porém, o tema corrupção, principalmente as denúncias envolvendo a Petrobras, dominou boa parte do evento. Coube a Aécio, no fim do primeiro bloco, provocar Dilma a respeito do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, citado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, em depoimento na Justiça Federal, como elo do partido com o esquema na petrolífera.
O tucano perguntou mais de uma vez se Dilma confiava no tesoureiro petista. Também citou o fato de Costa na delação premiada ter dito que repassou R$ 1 milhão para a campanha ao Senado da ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em 2010.
Dilma reagiu repetindo a tática de acusar gestões tucanas de não investigar denúncias de corrupção. Entre outros casos, voltou a citar suspeitas de pagamento de propina para a implantação do sistema de vigilância no espaço aéreo da Amazônia durante o governo Fernando Henrique Cardoso e o cartel dos trens em São Paulo.
A petista também lembrou que Costa disse na delação que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE) - que morreu no início do ano -, recebeu R$ 10 milhões em propina para esvaziar a CPI da Petrobrás no Senado, em 2009.

Desconforto

No terceiro debate da segunda etapa da campanha pelo Palácio do Planalto era nítido o desconforto com o nível de agressividade registrado no encontro anterior.
No evento promovido pelo SBT, UOL e Jovem Pan, na quinta-feira passada, dia 16, Aécio e Dilma estabeleceram uma discussão intensa, que envolveu familiares - os irmãos dos presidenciáveis Andréa Neves e Igor Rousseff foram citados - e temas pessoais em clima de forte tensão.
Ontem os candidatos chegaram à sede da emissora, na região oeste da capital paulista, prometendo um debate propositivo - o que de fato ocorreu.
A plateia, entretanto, formada por assessores dos dois candidatos, ignorou em alguns momentos a proibição de se manifestar. Após as considerações finais de Dilma, houve vaias e aplausos. Quando Aécio concluiu seu discurso de encerramento, a claque do tucano o aplaudiu de forma ruidosa, a ponto de abafar o áudio dos apresentadores do evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Pedro Venceslau, Ricardo Galhardo, Isadora Peron, Carla Araújo e Elizabeth Lopes - São Paulo
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