Helder Barbalho e Lira Maia
A campanha chega ao fim e os eleitores de Belém e Ananindeua, que representam quase 30% do Pará, não conheceram o vice na chapa de Helder Barbalho (PMDB), o multiprocessado deputado federal Joaquim de Lira Maia, ex-prefeito de Santarém de 1997 a 2004. Helder esconde Lira Maia em seus programas eleitorais - e até em comícios - por três motivos.
Primeiro, porque Lira Maia é um dos campeões em investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) – foro privilegiado para processar parlamentares federais – e alvo processos amplamente divulgados nos meios de comunicação do Estado e nacionais, além de blogs.
Segundo, porque Lira Maia é presidente da Frente Pró-Criação do Estado do Tapajós e autor do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que define a realização de um novo plebiscito para dividir o Pará, mas desta vez ouvindo apenas os eleitores das regiões que querem se separar.
É isso mesmo: pela PEC de Lira Maia, num futuro e hipotético plebiscito, os eleitores de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Castanhal, Capanema, Bragança, enfim – de todos os municípios da região nordeste e do baixo Tocantins seriam excluídos sumariamente da votação.
Terceiro, porque Joaquim de Lira Maia é presidente regional do DEM, partido que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu, em discurso, que deveria ser eliminado da vida política brasileira. Veja no quadro um resumo dos processos de Lira Maia.
São acusações que envolvem o vice de Helder Barbalho em crimes eleitorais, peculato, crime contra o trabalho, contra a administração pública e de responsabilidade.
No Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Joaquim de Lira Maia também é réu nos Processo 2000.39.02.001820-0 e 2002.39.02.001294-0 por improbidade administrativa. Os autores do processo são o Ministério Público Federal, a União e a Prefeitura de Santarém.
Lira Maia também é acusado por irregularidades em 24 licitações para a compra de merenda escolar em 2000 no município de Santarém, onde foi prefeito – como Helder foi em Ananindeua - durante oito anos.
Fonte: ORMNews
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