A Água da Sonda como é popularmente
conhecida recebeu o nome oficial de “Fonte Monteiro Lobato” em homenagem ao
famoso escritor paulista de Taubaté, autor de livros infantis, se tratando de
um belo recurso natural de Itaituba e região.
Ela se originou de uma antiga
perfuração petrolífera que ao interceptar fraturas na busca de petróleo descobriu
a circulação de água minerais termais e sulfurosa. Essa perfuração foi feita
pelo Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil-SGMB (Já extinto) com
coordenação técnica do pesquisador Pedro de Moura.
A perfuração do Poço (já uma
preocupação dos engenheiros da Petrobrás com nossa preservação
histórico-cultural) foi iniciada no dia 27 de dezembro de 1929, sendo a mesma
concluída em 10 de dezembro de 1930, ficando a profundidade da fonte em 360
metros, sendo em seguida classificado pelos engenheiros da época como Sondagem
nº 88.
Essa água que passou a servir de
opção de lazer para Itaituba também era procurada pelos moradores como sendo de
alto poder medicinal, por apresentar elevado teor dos constituintes
dissolvidos, bem nítidos no local pela sua condutividade elétrica da água
(2.840 US/cm), gás sulfídrico indicado pelo seu cheiro inigualável bem
característico, sendo considerada uma água termal, mineral e sulfurosa, com
propriedades medicinais recomendadas para tratamentos terapêuticos em face de
sua temperatura e sais dissolvidos, com destaque para o H2.S.
Esses gases dissolvidos normalmente
CO2 E O H2S desprendem-se na superfície por causa da diferença de pressão. Mas
de acordo com os especialistas é de bom alvitre enfatizar que em caso de
aproveitamento de maior intensidade para balneoterapia (banho com fins
medicinais), o bombeamento da água dará maior vazão.
De acordo com resultados das análises
de água, a fonte de água termo-mineral e sulfurosa de Itaituba apresenta água
do tipo sódio-cloretada. A vazão desse poço jorrante na superfície do terreno é
de 9,0 m3/h e sua temperatura determinada na emergência 38,1ºC, sendo
classificada como água hipertermal, segundo o Código de águas do Departamento
nacional de pesquisas e Mineração (DNPM).
A elevada concentração de sódio e de
cloreto dessa água deixa evidente a circulação através de fraturas que atingem
a formação Nova Olinda. A baixa da elevada concentração dos principais
constituintes dissolvidos apresentado pelo elevado teor do resíduo seco (1.476
mg/1) e Lítio (0,596) MG/1) que confere a esta água mais propriedades inerentes
as águas minerais.
Ressalta-se, entretanto, que a
produção de Cloreto de sódio dessa fonte atinge o valor diário de 238, 985 KG
ou 7, 169 toneladas por mês. Outros elementos raros não analisados podem também
estar presentes e terem relevância econômica. Essa água termo-mineral sulfurosa
constituiu um importante patrimônio turístico e medicinal para Itaituba.
No mês de julho Itaituba foi
presenteada novamente com a água da Sonda que voltou a jorrar, embora não com a
mesma intensidade de antes, mas mantendo parte de suas características de água
termal quente e sulfurosa. A notícia trouxe entusiasmo para a
população que durante muitos anos fez da água da Sonda uma excelente opção de
lazer.
No período em que a água foi dada
como sumida, esse fato gerou polêmicas, criticas e muitas cobrança aos poderes
públicos. Uma empresa na época havia sido contratada para adaptar a água da
Praça do Centenário para a o chafariz da orla, mas não conseguiu realizar a
contento o serviço.
Agora, com o retorno natural da água
que está tendo reforço de uma bomba para chegar a superfície em maior
quantidade, muitos estão esperançosos que a mesma permaneça, já que sempre foi
uma referência no âmbito turístico para Itaituba.
Lembrando
que atualmente a sonda não está funcionando, restando somente um
monumento histórico destruído pela ação do poder executivo que deveria
conserva e preservar o patrimônio histórico do município de Itaituba.
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