Ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) foi hostilizado por militantes ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT)
na entrada do aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, na tarde de
ontem. Chamado de “bandido” e “golpista” e rodeado pelos manifestantes,
que protestavam contra as reformas previdenciária e trabalhista em
tramitação no Congresso, Castro reagiu e chutou uma militante.
Um vídeo do momento em que ele entra no saguão do aeroporto, publicado ontem pelo portal local AZ,
mostra o peemedebista tendo a passagem interrompida pelos
manifestantes. Em um primeiro momento, mesmo empurrado seguidamente por
uma mulher com a camisa da CUT, Marcelo Castro sorri, responde a dois
militantes e não reage às palavras de ordem.
Após conseguir passar
pelos manifestantes, acompanhado por um assessor, Castro volta a ser
interpelado, desta vez por outra mulher, e revida com um chute. Veja
abaixo:
Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de Privacidade Procurado por VEJA, o ex-ministro afirma que reagiu “instintivamente”
quando atingido na cabeça por uma placa e pondera que deu apenas “meio
chute”.
“Fui auxiliado por um assessor, atravessei e dei as costas
pra eles, que me empurraram e me deram com um dos cartazes na cabeça.
Então instintivamente, automaticamente, impulsivamente, me virei para
confrontar com a pessoa, para dar um chute, mas quando me preparei para
dar o chute veio a conscientização da situação. Vi que, como deputado
federal, não podia fazer aquilo. Então saiu um ‘meio chute’, Tomei
consciência e refreei. Homem público não pode fazer isso”, afirma o
peemedebista.
Apesar dos gritos de “golpista”, Castro foi um dos
sete deputados federais do PMDB a votarem contra o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff. À época da votação na Câmara, em abril de
2016, ele era ministro da Saúde e foi exonerado pela petista
temporariamente, apenas para reassumir sua cadeira na Casa e votar
contra o processo.
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