A Justiça de São Paulo não permitiu a exibição dos contratos de Luis
Cláudio Lula da Silva - filho do ex-presidente do Brasil, Lula, hoje réu
na Operação Lava-Jato - enquanto o mesmo foi funcionário ou prestou
serviços ao Corinthians, entre 2010 e 2013.
A decisão foi dada há
alguns dias pelo Poder Judiciário de São Paulo, ainda em primeira
instância, em ação movida pelo sócio corintiano Roberto Willian Miguel,
conhecido como Libanês, que moveu processo em 2016 pedindo para ter
acesso aos contratos entre Luis Claudio e o clube.
Em sua decisão,
a Justiça afirmou: "Os documentos referidos não são públicos, não são
comuns às partes e o autor sequer aludiu, de forma específica, o intuito
de constituir prova em processo determinado, sublinhando-se, neste
particular, que o autor não possui pertinência subjetiva ativa para
promover ações referidas às pretensas contratações e reflexos que, como
notório, encontram-se sob intensa investigação dos órgãos estatais
constituídos".
Dessa forma, os contratos não serão anexados à ação
e, consequentemente, não serão tornados públicos, já que a Justiça é
pública e o processo pode ser acessado por qualquer pessoa.
Em sua
defesa, o Corinthians havia afirmado à Justiça de São Paulo que não
existe qualquer irregularidade na contratação de Luis Cláudio Lula da
Silva, filho do ex-presidente Lula, para prestação de serviços ao clube
entre 2010 e 2013.
"É certo que não houve qualquer irregularidade
nas contratações havidas do senhor Luis Cláudio. Mais do que isso, não
ocorreu qualquer prejuízo material ao Corinthians ou mau procedimento do
clube requerido no tocante às referidas contratações", disse o time
alvinegro à Justiça.
"O Corinthians contratou o senhor Luis
Cláudio para a função de auxiliar de preparação física, e, tempos depois
do seu pedido de demissão, pactuou contrato de prestação de serviços e
elaboração de projetos relacionados ao departamento de formação de
atletas com a empresa LFM Marketing Esportivo Ltda, que tem como sócio o
senhor Luis Cláudio", continuou o clube, que questionou: "qual foi o
prejuízo material alegado?".
Antero, sobre finanças dos clubes: 'Ter contas em ordem é obrigação'
Durante o período, o filho de Lula recebeu mais de R$ 400 mil dos cofres do Corinthians, primeiro como auxiliar de preparação física, desde 2010, e depois, a partir de junho, para elaboração de projetos da base, em contrato que durou até 2013 e foi expandido para captação de patrocínios para esportes amadores.
Na ação movida na Justiça, o associado
aponta "desvio de dinheiro do clube" por meio de contratos "por serviços
que não foram prestados".
O processo corre na 39ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário