O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo,
publicada nesta segunda-feira (22), que não existe a possibilidade de
renúncia e que, se a oposição quiser tirá-lo, será preciso que o
derrubem.
“Eu mantenho a serenidade, especialmente na medida em
que eu disse: eu não vou erenunciar. Se quiserem, me derrubem, porque, se
eu renuncio, é uma declaração de culpa”, disse Temer.
Na
publicação, o presidente se defende das acusações que vieram à tona na
última quarta-feira (17), após divulgação da delação de Joesley Batista,
executivo da JBS, sobre seu envolvimento com a compra do silêncio do
ex-deputado Eduardo Cunha, preso na operação Lava Jato.
Em uma das
perguntas feitas pela reportagem, o presidente tentou se explicar. Ele
disse: “Não vou fazer isso, tanto mais que já contestei muito
acentuadamente a gravação espetaculosa que foi feita. Tenho demonstrado
com relativo sucesso que o que o empresário fez foi induzir uma
conversa. Insistem sempre no ponto que avalizei um pagamento para o
ex-deputado Eduardo Cunha, quando não querem tomar como resposta o que
dei a uma frase dele em
que ele dizia: “Olhe, tenho mantido boa relação com o Cunha”.
[E
eu disse]: “Mantenha isso”. Além do quê, ontem mesmo o Eduardo Cunha
lançou uma carta em que diz que jamais pediu [dinheiro] a ele [Joesley] e
muito menos a mim. E até o contrário. Na verdade, ele me contestou
algumas vezes. Como eu poderia comprar o silêncio, se naquele processo
que ele sofre em Curitiba, fez 42 perguntas, 21 tentando me incriminar?”
Na
entrevista, Temer ainda justifica sua relação com o ex-assessor Rodrigo
Rocha Loures, flagrado correndo com uma mala de dinheiro. Segundo o
presidente, os dois mantinham uma “relação institucional”.
Protesto contra Temer em São Paulo pede ‘Diretas Já’ (Via AFP)
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