Sai a primeira pesquisa sobre a corrida presidencial feita após a trágica morte de Eduardo Campos.
O Datafolha foi a campo entre 14 e 15 de agosto, iniciando os trabalhos um dia após a tragédia e substituindo o candidato morto pela sua vice na chapa, Marina Silva.
Abaixo o quadro com os resultados estimulados. O quadro também apresenta a posição dos candidatos na pesquisa do Datafolha de 17 de julho:
Observa-se que a candidatura do PSB, antes encabeçada por Eduardo Campos, aferia 8% na pesquisa de 17.07, e que no momento em que Marina Silva ascende, as intenções de voto na chapa saltam para 21%, agregando 13 pontos percentuais, que foram embarcados como abaixo se lista:
1. 3% dos “Outros” candidatos que agora pontuam 0%;
2. 5% dos “Brancos/nulos;nenhum”, que antes eram 13% e agora são 8%;
3. 5% dos “Não sabe”, que eram 14% e agora são 9%.
2. 5% dos “Brancos/nulos;nenhum”, que antes eram 13% e agora são 8%;
3. 5% dos “Não sabe”, que eram 14% e agora são 9%.
> Simulações de 2° turno
Em 1° turno, as intenções de voto da presidente Dilma Rousseff não se alteraram com a entrada de Marina Silva na disputa, mas o 2° turno sofre alteração aguda e a peleja se torna um pesadelo para a presidente que, doravante, precisará redobrar o empuxo para não ser garfada pela pessebista no embate derradeiro, pois a soma dos demais candidatos (46%) supera o obtido por Dilma (36%).
> Dilma x Marina
> Dilma x Aécio
Eduardo Campos, portanto, influi na corrida presidencial mais morto do que vivo, e embora ela não tenha sido uma decisão dele, foi um daqueles momentos em que a história bifurca.
Dilma Rousseff, a mais atingida por essa bifurcação, terá agora que fazer do fígado tutano para trazer o eixo da estrada de volta à direção que a corrida marchava, para não lhe ver invertido o sentido.
> Ponderação
Pondere-se, no entanto, que a pesquisa foi feita em plena comoção da tragédia, e o luto pode ter direcionado intenções de voto em Marina que poderão não se sustentar no decorrer do programa eleitoral, cujo menor tempo é o dela. O quadro apresentado pelo Datafolha, portanto, com a reação da campanha de Dilma e Aécio ao novo quadro, pode mudar em 15 dias.
O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-00386/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário