O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney e do
senador Romero Jucá (PMDB-RR), todos do PMDB, por supostamente tentarem
barrar a operação Lava Jato.
Os pedidos estão com o ministro Teori
Zavascki, do STF, há mais de uma semana, segundo reportagem de O Globo
desta terça-feira (7).
Janot também solicitou o afastamento de
Renan da presidência do Senado, usando os mesmos argumentos empregados
na destituição de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara e do
mandato de deputado.
A PGR se baseou nas conversas gravadas por
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato, em
que os caciques do PMDB fazem comentários sobre a Lava Jato. Jucá, por
exemplou, tratou da saída da presidente Dilma Rousseff como formar de
“estancar a sangria” da operação.
Renan, por sua vez, defendeu mudanças na lei
das delações premidas – o que já era sua posição pública. Segundo ele,
uma simples opinião não pode ser criminalizada. Sarney sugeria caminhos
para construir pontes entre Sergio Machado e o ministro Teori Zavascki,
que passariam pelo ex-ministro do STJ César Asfor Rocha.
Para os procuradores, os áudios são muito
mais graves do que as provas que levaram o ex-deputado Delcidio do
Amaral à prisão, em novembro.
Em acordo de delação premiada Machado disse
que distribuiu R$ 70 milhões em propina para políticos do PMDB durante
os 12 anos que esteve na Transpetro. Os políticos alegam que não
receberam recursos de Machado.
Comenta-se que Machado e seus familiares devolverão mais de R$ 1 bilhão em seus acordos de delação premiada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário