Cartaz virou caso de polícia
Um
erro de quem escreveu um cartaz para anunciar uma promoção numa loja de
eletrodomésticos criou uma grande confusão na cidade de Guarabira, no
interior da Paraíba.
No cartaz estava escrito “Oferta imperdível. Chip Vivo. R$ 1 com
aparelho”. Ao ler, o professor Aurélio Damião, 38, considerou a proposta
irrecusável.
Com R$ 4 no bolso, ele entrou na loja e pediu chips – com os quatro
aparelhos celulares correspondentes. Ele havia registrado a oferta com
uma foto antes de ir ao trabalho e decidiu fazer a compra no final do
expediente.
“Passei na loja e pedi: me veja quatro aparelhos de R$ 1 da promoção”,
contou Damião. O atendente da loja “explicou” o anúncio. Na verdade,
disseram, o redator queria dizer que os chips da operadora em questão
sairiam por R$ 1 no caso da compra de qualquer celular adquirido pelo
preço normal de tabela.
O caso só foi resolvido na delegacia
“Eu quis mesmo era dar mais uma lição na loja do que qualquer outra
coisa. Estava escrito errado, foi um erro de português. Cheguei e falei
que queria comprar quatro celulares e o gerente começou a me destratar,
me chamar de maluco. Disse que eu não era louco de pegar um celular de
lá. Eu falei que não queria pegar, não ia roubar. Eu estava lá para
comprar. Ele se recusou a vender e eu chamei a polícia”, explica
Aurélio.
Uma viatura da polícia militar chegou ao local e convidou os dois, o
professor e o gerente da loja até a delegacia. Aurélio alegou que a loja
estava fazendo propaganda enganosa e que tinha por direito, como
consumidor, a receber o que estava escrito no cartaz.
Na delegacia, as partes chegaram a um acordo. Damião recebeu a doação de
um vale de R$ 100 para aquisição de um aparelho. Com chip. “Caso não
chegassem a um acordo, teria de se usar a Justiça e as partes resolveram
se entender logo”, disse um agente do 4º DP.
Fonte: Pragmatismo Político
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