segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Após 11 anos preso, Marco Archer é executado na Indonésia Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/apos-11-anos-preso-marco-archer-executado-na-indonesia-15083412#ixzz3PHRBfF5w © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

 

O instrutor de voo Marco Archer, condenado ao fuzilamento na Indonésia por tráfico de drogas, foi executado na tarde deste sábado. A informação foi confirmada pelo porta-voz do país, segundo agências de notícias. Archer estava preso desde 2004 por ter tentado entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico de drogas. Ele foi o primeiro brasileiro a ser sentenciado à morte no exterior. A presidente Dilma Rousseff já foi informada da execução e, como primeira reação, determinou que o embaixador brasileiro na Indonésia, Paulo Alberto da Silveira Soares, retorne ao Brasil. Determinar o retorno de um embaixador ao seu país de origem é uma das formas de protesto e de mostrar insatisfação nas relações diplomáticas entre países.

Em nota, Dilma disse ainda que a execução "afeta gravemente" as relações entre o Brasil e a Indonésia. Além disso, o Itamaraty chamou na tarde deste sábado o embaixador da Indonésia. Na reunião, foi entregue uma nota de protesto do governo brasileiro.
Outras cinco pessoas foram executadas pelo mesmo crime: um indonésio e quatro estrangeiros de Vietnã, Nigéria, Holanda e Malauí.


No país asiático, as execuções por fuzilamento acontecem desde 1964. Apenas os advogados de defesa acompanham os presos até o momento do cumprimento da pena. Nenhum civil, nem mesmo familiares dos condenados, podem acompanhar a execução. O fuzilamento é feito em um campo aberto próximo à penitenciária em Cilacap, na Ilha de Java, a 400 km de Jacarta. O pelotão de fuzilamento é composto por 12 pessoas, mas apenas três das doze armas são carregadas com balas de verdade.

Dias antes de ser executado, Marco Archer conversou com o cineasta Marcos Prado, que produz um documentário sobre o caso. O brasileiro mostrava ter esperança de escapar do fuzilamento. Na gravação, ele diz que iria lutar até o fim pela vida.
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"Estou ciente que eu cometi um erro gravíssimo, mas, enfim, eu mereço mais uma chance porque todo mundo erra. Eu quero voltar, então, ao meu país, entendeu, pedir perdão a toda a minha nação e mostrar para esses jovens aí, que a droga só te leva a dois caminhos: a prisão ou a morte. (...) Eu vou lutar até o fim porque, realmente, a minha vida não pode acabar dessa maneira, de uma maneira dramática, eu sendo fuzilado aqui na Indonésia", disse Archer.

Fonte:  http://oglobo.globo.com/brasil/apos-11-anos-preso-marco-archer-executado-na-indonesia-15083412#ixzz3PHRGsv9G
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