sexta-feira, 26 de maio de 2017

PARÁ NEWS: Vítimas de chacina no Pará são sepultadas

Vítimas de chacina no Pará são sepultadas (Foto: Mauro Neto)
Foram velados na manhã desta quarta-feira (26) os corpos das 10 vítimas da chacina ocorrida na última quarta-feira (10), em uma fazenda do município de Pau-D'Arco, no sul do Pará, durante uma ação policial. Os velórios ocorreram em dois municípios, Redenção e Pau-D'Arco.

Os corpos haviam sido períciados nos IMLs de Marabá e Parauapebas. Após liberação, sete vítimas, Regivaldo Pereira da Silva, de 33 anos, Ronaldo Pereira de Souza, de 41 anos, Antonio Pereira Milhomem, de 50 anos, Weldson Pereira da Silva, Nelson Souza Milhomem, Weclebson Pereira Milhomem e Jane Julia de Oliveira, todos da mesma família, e Ozeir Rodrigues da Silva foram encaminhados para o município de Redenção. O velório foi realizado na escola Otávio Batista Arantes. Por volta das 8h30, eles saíram em cortejo até o cemitério São Geraldo, onde foram sepultados.

As duas vítimas da chacina, Bruno Henrique Pereira Gomes e Hercules Santos de Oliveira, ambos de 20 anos, foram encaminhados para Pau-D'Arco, onde são velados.

Cerca de 200 pessoas, entre familiares e amigos das vítimas, compareceram ao velório em Redenção. Apesar da comoção causada pelo ocorrido, não houve manifestações populares em nenhum dos dois municípios.

Segundo nota do Governo, as mortes ocorreram quando policiais militares foram cumprir mandados judiciais em uma fazenda ocupada por pistoleiros e foram recebidos a tiros. Diversos movimentos sociais, entretanto, contestam a versão oficial, afirmando que o caso se trata de uma chacina. A Comissão Pastoral da Terra Chegou a classificar o caso como similar ao massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, quando 19 trabalhadores rurais foram mortos.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também se manifestou sobre o caso, afirmando que o caso foi um "assassinato", "de inteira responsabilidade do governador Jatene" e mostra "um despreparo do Sistema de Segurança Pública".

Nesta sexta-feira, movimentos sociais deverão se reunir em Marabá para discutir que ações serão tomadas com o caso, inclusive uma notificação da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional e um pedido de intervenção da União dos Estados Americanos.

(DOL com informações de Dinho Santos e Mauro Neto/Diário do Pará)

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