A
rigor, não. O Tucuxi não é boto. Boto e o Tucuxi têm tanta diferença
entre si que não podemos nem falar que são de espécies diferentes. Na
verdade, eles são de famílias diferentes, o que os torna ainda mais
distintos.
Apesar
de habitarem quase que os mesmos locais nos rios da Amazônia, o boto
pertence à família dos Platanistídeos, Já o Tucuxi pertence a família
dos Delfinídeos. Não se trata aqui de “dar nome aos bois”, mas sim de
constatar que boi é diferente de cavalo.
O
boto é bem maior que o Tucuxi, pois tem o corpo arredondado e arqueado,
por isso recebe o nome de boto (do latim botul em forma de salsicha e
arqueado), além de não ter a barbatana dorsal.
O
Tucuxi é menor, tem forma de torpedo e apresenta uma boa barbatana
dorsal. O Boto (Inia Geoffrensis) pode crescer até 3 metros e pode pesar
até 160 quilos, enquanto que o Tucuxi (Sotalia Fluviatilis)
dificilmente passa de 1,5 metro e 40 quilos de peso. As fêmeas dos botos
são menores que os machos. Por outro lado, a fêmea do Tucuxi é maior
que seu parceiro do sexo masculino.
Os
dois animais emitem sons em frequências diferentes, sendo o Tucuxi
muito mais “falante” que os botos propriamente ditos. A rigor da
ciência, não faz sentindo algum termos uma competição entre os “botos”
Cor-de-rosa e Tucuxi no Sairé de Alter-do-Chão.
A
família dos tucuxis pode viver no mar, como é o caso dos golfinhos. Os
membros da família dos botos (platanistídeos) não vive no mar (com
exceção de uma única espécie que vive na costa brasileira, Uruguaia e
Argentina).
O
boto chegou na Amazônia há cerca de 15 milhões de anos, possivelmente
vindo ainda do pacífico, sendo que o Tucuxi chegou bem mais tarde. Por
isso, o boto é bem mais adaptado ao ambiente amazônico. Nada por baixo
do capim e se locomove muito bem por entre galhos e arbustos, pois não
possui as vértebras cervicais fundidas que o permite mover o pescoço
para cima, para baixo e para os lados.
FONTE: BLOG DO JESO.
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