Nonato Pereira já disse que não irá
se entregar à PF. Advogado dele ameaça DIÁRIO por publicar matérias
sobre o esquema fraudulento, que desviou recursos
da educação. (Foto: Reprodução)
da educação. (Foto: Reprodução)
Já se passaram 6 dias desde que, na
terça-feira (24), a Polícia Federal (PF) fez a operação Lessons, onde
prendeu 5 pessoas acusadas de desviar recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), mantido pelo Ministério da
Educação. Durante todo esse tempo, o radialista Raimundo Nonato da Silva
Pereira, conhecido como Nonato Pereira, permanece foragido e já disse que não irá se entregar tão cedo,
mesmo com um mandado de prisão preventiva contra ele por participação
direta no esquema, que desviou R$ 9 milhões dos cofres públicos.
Nonato Pereira seria responsável por
conseguir novos contratos para a BR7 editora, do empresário Alberto
Pereira, proprietário da empresa. Pereira deve responder por associação
criminosa e peculato (desvio de dinheiro público para proveito próprio).
Somados, os crimes podem gerar 15 anos de prisão e multa. Por outro
lado, seu advogado, Élson Soares, afirma que o processo contém
irregularidades. Ele cita o fato de que, segundo ele, o crime de
peculato só pode ser referente a servidores públicos, o que não seria o
caso de Pereira.
AMEAÇAS
AMEAÇAS
Na casa de Nonato Pereira, a Polícia
encontrou R$ 76 mil em espécie, além de mil dólares e maconha. De acordo
com o advogado, os itens em nada seriam relacionados ao caso, já que o
dinheiro seria de economia própria e a maconha para uso medicinal, em
decorrência de Nonato ser diabético. O advogado também ameaçou o DIÁRIO
DO PARÁ, dizendo que não falaria mais com o jornal e que entraria ao
vivo na rádio Mix FM, para “denunciar as calúnias do jornal”.
O radialista possuia um programa diário e
matinal na própria Mix FM, mesma emissora de Silvinho Santos - preso em
2004, acusado de extorsão, após, supostamente, chantagear um empresário
do ramo da construção civil no Pará. À época, a polícia identificou o
mesmo esquema da operação que Nonato agora é acusado. O delegado da
Polícia Federal Jorge Eduardo informa que, após as prisões, a PF tem se
focado em analisar o material apreendido para elaborar um futuro
relatório de inquérito. Ele diz que é difícil ter uma previsão exata de
quando essa etapa se concluirá, mas a previsão é de que o processo deve
chegar ao Ministério Público Federal em 10 ou 15 dias.
(Diário do Pará)
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