A Fundação Nacional do Índio (Funai) se
pronunciou sobre a situação dos bebês gêmeos nascidos na tribo Arawete,
no município de Altamira, no sudoeste paraense. As crianças foram rejeitadas pela tribo, devido à crença da etnia que entende gêmeos como o símbolo da aparição de uma catástrofe.
Ainda nesta segunda-feira (30),
circulava na região a informação de que os indígenas queriam sacrificar
as crianças, e que teriam tentado invadir o hospital em que estavam
internados para sequestrar e matar as crianças.
A Funai, entretanto, desmentiu as
afirmações. “Essas informações foram compartilhadas de forma anônima,
caluniosa e criminosa, afirmando equívocos sobre a família, os bebês e o
povo Arawete”, afirmou Gilson Curuaia, coordenador regional do órgão em
Altamira.
“A Funai está acompanhando o caso e
providenciando os devidos ecaminhamentos, mas, por hora, não há ainda
uma decisão concreta. Mas queremos tomar as melhores medidas para
preservar as crianças e a população da etinia”, completou o coordenador.
ADOÇÃO
Segundo o coordenador da Associação
Indígena Kuruaya, Cláudio Kuruaya, ainda não há uma decisão final sobre o
destino das crianças, mas normalmente nos casos em que os bebês são
rejeitados pela tribo, a adoção é o procedimento usual.
“Houve um caso recente em que uma
criança de uma tribo foi doada para uma família após ser rejeitada pela
mãe, porque aprendeu a falar português”, informou Kuruaya. De acordo com
o coordenador, os órgãos indígenas devem acionar o Ministério Público
ainda hoje para iniciar o trâmite da adoção.
(DOL com Leidemar Oliveira/Diário do Pará)
(DOL com Leidemar Oliveira/Diário do Pará)
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