Escoltado por dois caças, o avião que
transportou a chama olímpica da Suíça para o Brasil chegou ao aeroporto
de Brasília às 7h25 desta terça-feira (3), quase uma hora depois do
previsto.
O fogo aceso na Grécia em
21 de abril foi mantido em lanternas (espécie de lampião) durante o
trajeto aéreo. O revezamento da tocha começa às 10h, no Palácio do
Planalto, com a bicampeã olímpica de vôlei Fabiana Claudino.
No aeroporto, a chama foi
recebida por uma centena de profissionais de imprensa e uma dezena de
convidados, além de autoridades como o governador do Distrito Federal,
Rodrigo Rollemberg, e o ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser.
O público não teve acesso à pista de pouso, no Terminal 2, o menor do aeroporto. O voo era fretado, da Latam.
CONHEÇA OS 10 PRIMEIROS CONDUTORES DA TOCHA NO BRASIL
1) Fabiana Claudino
Bicampeã olímpica (2008 e
2012) e capitã da seleção brasileira de vôlei, Fabiana Claudino é
considerada uma das melhores centrais do mundo. Com 1,93m, a jogadora
nascida em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, é uma
das apostas do técnico José Roberto Guimarães para conquistar o
tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio.
2) Artur Ávila Cordeiro de Melo
Primeiro pesquisador
brasileiro e da América Latina a receber a Medalha Fields, considerada o
Nobel da Matemática, Artur Ávila Cordeiro de Melo, 36, se divide entre o
Rio e Paris, cidades em que coordena estudos do Centre National de la
Recherche Scientifique e do Instituto Nacional de Matemática Pura e
Aplicada.
3) Gabriel Hardy
Aos 16 anos, Gabriel
Hardy acumula prêmios e conquistas, como o campeonato brasileiro juvenil
e o terceiro lugar no sul-americano de karatê. Aluno da rede pública
estadual de Sobradinho, cidade-satélite do Distrito Federal, o atleta é
agente jovem Transforma, programa feito em parceria com o governo
federal que leva os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos às escolas. Gabriel
treina na Associação Hardy, ONG dirigida por seu pai, o professor de
karatê Heitor Hardy, que atende cerca de 100 crianças e jovens carentes
da cidade.
4) Ângelo Assumpção
Uma das promessas
brasileiras nos Jogos Olímpicos do Rio, Ângelo Assumpção é especialista
em salto e solo, e integra a seleção de ginástica artística do Brasil.
No ano passado, durante a etapa de São Paulo da Copa do Mundo de
ginástica, o atleta paulistano subiu ao pódio para receber a medalha de
ouro no salto ao lado de seu grande ídolo, o ginasta Diego Hypólito.
Após passar por um episódio de racismo, o atleta de 19 anos venceu o
preconceito e hoje está entre os destaques da seleção.
5) Aurilene Vieira de Brito
Diretora da Escola
Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), Aurilene Vieira de
Brito enfrenta as dificuldades diárias de educar estando em um dos 30
municípios do Brasil com o pior do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH). Ainda assim, a professora conseguiu colocar sua escola entre as
melhores no Ensino Médio no país, ao vencer a defasagem educacional dos
alunos e conquistar dezenas de medalhas em Olimpíadas de Matemática e
Química.
6) Hanan Khaled Daqqah
Hanan e sua família
moravam na cidade de Idlib, no nordeste da Síria, um dos palcos da
guerra civil no país. Seu pai foi preso, acusado de tráfico de pessoas,
ao ajudar amigos a escapar da violência. Ficou 11 meses detido e, após
libertado, passou a ser ameaçado de morte por grupos governistas e da
oposição. Foi quando a família buscou abrigo na Jordânia, onde viveu por
dois anos e meio no campo de refugiados de Zaatari. Em 2015 eles
chegaram ao Brasil por meio do programa de vistos humanitários do
governo federal, que facilita a entrada no país de pessoas afetadas pelo
conflito na Síria. Toda sua família foi reconhecida pelo governo como
refugiados e agora reconstrói sua vida no Brasil. Aos 12 anos, Hanan
vive em São Paulo com seu pai, a mãe, um irmão mais velho e uma irmã
bebê, mais os tios e outros quatro primos, em um pequeno apartamento no
centro da cidade. A mãe de Hanan está grávida, e em breve ela terá um
irmão brasileiro.
7) Adriana Araújo
Adriana Araújo é a única
mulher brasileira medalhista olímpica no boxe, o bronze conquistado há
quatro anos, na categoria até 60 kg, nos Jogos Olímpicos de
Londres-2012. A pugilista baiana de 34 anos, que conquistou a centésima
medalha brasileira em Jogos Olímpicos, quer continuar a fazer história
nos Jogos do Rio. Para isso, ela se mudou de Salvador para São Paulo, no
ano passado, para se dedicar exclusivamente aos treinos.
8) Gabriel Medina
Um dos maiores ídolos do
esporte brasileiro, Gabriel Medina iniciou ainda na adolescência sua
trajetória vitoriosa no surfe. Aos 11 anos, o surfista nascido em São
Sebastião (SP), em 1993, ganhou seu primeiro campeonato nacional e, aos
15, se tornou o atleta mais novo a vencer uma etapa do Mundial de Surf
(ASP). No final de 2014 entrou para a história como o primeiro
brasileiro a conquistar o título da WCT, o circuito mundial de surfe.
9) Paula Pequeno
Melhor jogadora dos Jogos
Olímpicos de Pequim-2008, a bicampeã olímpica Paula Pequeno defende
atualmente a equipe Brasília Vôlei na Superliga. A ponteira de 34 anos
tem uma trajetória vitoriosa, atuando nas principais equipes
brasileiras, com passagens pela Rússia e Turquia.
10) Vanderlei Cordeiro de Lima
O ex-maratonista
Vanderlei Cordeiro de Lima, 46, protagonizou um dos momentos mais
emocionantes da história dos Jogos Olímpicos. Ele liderava a prova da
maratona, em 2004, na Grécia, quando, a seis quilômetros da linha de
chegada, foi derrubado por um manifestante religioso, que burlou a
segurança da prova. Em vez de se abalar, o atleta voltou à prova e
conquistou a medalha de bronze. Pela demonstração de espírito olímpico,
Vanderlei recebeu do Comitê Olímpico Internacional a medalha Pierre de
Coubertin –o primeiro latino-americano a ganhar a condecoração.
Fabiana será a primeira a percorrer com a tocha olímpica no Brasil. Foto: (Divulgação/FIVB)
No Pará, o símbolo dos Jogos Olímpicos chega a Belém no dia 15 de junho, e no dia 17 estará presente em Santarém.
(Folhapress)
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