A greve dos bancários chegou ao nono dia e cresceu. São 12.386
agências e 46 Centros Administrativos que tiveram as atividades
paralisadas. O número corresponde a 53% das agências no Brasil, de
acordo com o sindicato nacional da categoria, Contraf-CUT.
Iniciada
na terça-feira (6), a greve continua após reunião entre a categoria e
os bancos terminar sem acordo nesta terça (13). Uma nova rodada de
negociações foi marcada para esta quinta-feira (15).
A Fenaban
(braço sindical da Febraban, que representa os bancos) manteve a
proposta apresentada na sexta-feira (9), em que oferece reajuste
salarial de 7% mais abono de R$ 3.300.
Os trabalhadores pedem
reajuste de 5% mais a inflação no período, que até agosto foi de 9,62%,
além do equivalente a um salário mínimo de benefícios como vale
refeição, vale alimentação e auxílio creche.
"Vamos reforçar a
nossa mobilização em todo o país e esperamos que os bancos apresentem
uma proposta que contemple nossa pauta na próxima reunião", diz, em
nota, Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Em 2015, os bancários pararam por 21 dias e conseguiram um reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%.
O QUE OS BANCÁRIOS PEDEM
> reajuste - 5% mais a inflação de 9,62%
> benefícios - R$ 880 em vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche
> piso - R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese)
O QUE OS BANCOS OFERECEM
> reajuste - 7% sobre salário e benefícios
> abono - R$ 3.300
> piso - R$ 2.856,31
BANCOS DURANTE A GREVE
1 - Pagar contas
O
cliente do banco pode utilizar internet banking e aplicativos para
celular do banco para efetuar o pagamento. Para isso, confira se as
senhas os aplicativos estão funcionando e vá a agências ainda não
paralisadas para atualizá-las. Os caixas eletrônicos e correspondentes
bancários, como agências lotéricas, Correios e até alguns supermercados
também recebem pagamentos de contas
Em caso de dificuldade, o
cliente pode entrar em contato com a empresa e pedir alternativas para
realizar o pagamento. É importante registrar o pedido, enviando por
e-mail ou anotando o número de protocolo de atendimento. Caso o
fornecedor não dê opções para pagar a conta, o consumidor deve usar
esses documentos para reclamar junto a um órgão de defesa do consumidor.
2 - Transferências de dinheiro
É possível fazer por internet banking, celular, caixa eletrônico e atendimento por telefone.
Atenção:
os valores das transferências podem ser limitados por esses canais,
dependendo do seu perfil de renda e padrão de gastos. Se existe a
previsão de uma transferência nos próximos dias, procure uma agência que
ainda esteja funcionando
3 - Investimentos e resgates
Também
podem ser feitos por internet, aplicativo, caixa eletrônico e central
de atendimento por telefone. Seja qual for o canal de atendimento,
lembre-se de pesquisar o rendimento oferecido e as taxas cobradas para
aplicar ou resgatar o dinheiro aplicado
4 - Empréstimos e financiamentos
Os
bancos também oferecem crédito pessoal em condições pré-aprovadas nas
plataformas de atendimento eletrônico. Lembre-se, no entanto, que as
taxas nessas modalidades costumam ser altas e devem ser usadas apenas em
emergências.
Para quem precisa renegociar dívidas, os grandes
bancos oferecem plataformas de renegociação sem atendimento ou então
permitem o envio de propostas pela internet.
A documentação para
financiamento imobiliário é entregue na agência. Esse tipo de crédito
tende a ficar suspenso durante a greve. Com informações da Folhapress.
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