Os vereadores são
eleitos a partir do número total de vagas que seu partido ou coligação
consegue obter na Câmara Municipal e do quão bem ele foi votado em
relação aos outros candidatos dentro de seu partido ou coligação.
Diferentemente
do Executivo (prefeito, governador e presidente), a eleição do
Legislativo (vereadores, deputados estaduais e federais e senadores)
deve preencher mais de um cargo, e por isso usa um sistema eleitoral
diferente. Enquanto que para as vagas do Executivo é eleito aquele que
conseguir mais da metade dos votos válidos.
Já para a
Câmara Municipal de Itaituba, o cálculo é o seguinte:
A cidade com 98 mil habitantes, a Câmara Municipal tem 15 vagas a
serem preenchidas.
Se os
votos válidos somam 56.550 mil, o quociente eleitoral é de 3.770 mil votos (56.550
mil dividido por 15).
Assim, se
uma coligação consegue 15 mil votos, tem direito a eleger três vereadores (15
mil dividido por 3.770 mil).
Por essa
conta, um candidato com poucos votos pode chegar a ser eleito, se fizer parte
de uma coligação que conte com um “puxador de votos”.
O chamado
"puxador" é um candidato que acumula uma quantidade de votos tão
grande que leva para cima o quociente eleitoral e acaba garantindo – além da
dele – mais vagas para a coligação, nas quais entram candidatos que tiveram
poucos votos.
Os
"puxadores" normalmente são celebridades ou personalidades muito
conhecidas, que os partidos e coligações lançam como candidatos na eleição
proporcional para alavancar a votação e aumentar o quociente eleitoral.
Mas como os partidos conseguem votos se a gente só vota no vereador?
Quando
nós votamos num vereador, na realidade estamos votanto tanto nele,
quanto em seu partido ou coligação. Além disso, ao invés de votar num
candidato, você pode digitar apenas os dois dígitos do partido de sua
preferência. Isso irá ajudar aquele partido a ter mais chances de
conseguir mais cadeiras na Câmara, sem ter que escolher um dos
candidatos especificamente.
E qual é a diferença de partido e coligação?
Coligação
são alianças que os partidos fazem nas eleições. No entanto, as
coligações para prefeito não precisam ser as mesmas coligações para a
Câmara. Na prática, para as eleições proporcionais, a coligação funciona
como se fosse um partido único (mas somente para aquelas eleições) e o
número máximo de candidatos é aumentado e o tempo de televisão e rádio
também fica maior.
E o voto branco e o voto nulo?
Os
dois são considerados a mesma coisa: não servem para o cálculo
eleitoral. A única diferença é a forma que você invalida seu voto: na
primeira você aperta um botão da urna e na segunda você vota num número
que não está registrado na justiça eleitoral (como 99, que não está
associado a nenhum partido).
É por isso que muitas pessoas dizem
que votar em branco ajuda quem está “na frente”: como o voto não é
considerado válido, se muitas pessoas anularem o seu voto o Quociente
Eleitoral será menor e isso torna mais fácil de eleger um prefeito ou um
vereador (eles vão precisar de menos votos para se elegerem do que se
você tivesse votado em outro candidato).
Na Real
Um
fenômeno comum apontado por estudiosos de eleições é que geralmente os
partidos que tem candidatos a prefeito com grande visibilidade acabam
recebendo muitos votos para vereador também. Uma das explicações dadas
para isso é a de que muitos eleitores se deparam com a urna sem saber
que você primeiro vota para vereador e em seguida para prefeito, e
acabam digitando o número do seu candidato a prefeito no lugar do
vereador. Isso é um dos fatores que influencia que o partido do prefeito
eleito geralmente tenha uma bancada grande na Câmara.
Outro fator
que influencia muito na votação de certos vereadores são as atividades
assistencialistas realizadas por alguns candidatos através dos chamados
Centros Sociais.
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