Pouco
depois das 16h de ontem (31), Michel Temer tomou posse como o 37º
presidente da República Federativa do Brasil e ato contínuo reuniu-se
com os ministros, para dar o tom do governo que, efetivamente, começou a
partir da posse que o tirou da interinidade.
À
noite, em pronunciamento de cinco minutos à nação, Temer pregou a união
nacional, em um franco aceno ao PT, que, dizem as paredes do gabinete da
presidência do Senado, teria negociado com Renan Calheiros o apoio para
a aprovação de medidas provisórias emitidas pelo novo presidente, em
troca da manutenção dos direitos políticos de Dilma.
Se
assim foi, Calheiros pagou na frente para receber a mercadoria depois,
pois foi quem articulou, junto ao presidente Ricardo Lewandowski, o
juridicamente polêmico fatiamento da votação e arregimentou 16 senadores
que haviam votado a favor do impeachment, para votarem pela manutenção
dos direitos políticos de Dilma Rousseff.
No
mesmo pronunciamento, Temer raspou dois pontos controversos, sobre os
quais enfrentará resistências não só no Congresso quanto no
corporativismo nacional, já que eles tangem o sistema neurológico da
população, que são as reformas trabalhista e da Previdência, das quais
as classes trabalhadoras fogem ao debate racional com mais velocidade do
que o diabo foge da cruz. O presidente foi adjetivo ao pronunciar que
ambas são “necessárias”, e são, mas efetivá-las são vários outros
quinhentos.
Após a reunião ministerial, na qual
Temer foi enfático ao recomendar aos ministros que rebatam,
veementemente, o mantra de Dilma Rousseff de que o seu governo é formado
por golpistas, o presidente embarcou para a China, onde participará da
reunião de cúpula do G-20.
Em paralelo à
movimentação do novo presidente, a ex-presidente Dilma Rousseff
inaugurava o que ela diz que será “a mais enérgica oposição” que “um
governo golpista pode sofrer”.
Será
que Dilma terá estribo congressual para a bravata se tornar vera? Pelo
suposto acordo para lhe manter elegível, há controvérsias.
Para ler o pronunciamento de Michel Temer, clique aqui.
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