Autoridades francesas acreditam que o belga de origem
marroquina Abdelhamid Abaaoud, 28, é o mentor dos atentados que
ocorreram em Paris na última sexta-feira. Ele está desaparecido desde
janeiro e teria coordenado os ataques estando na Síria.
Nesta
segunda (16), mais dois terroristas que participaram dos atentados
foram oficialmente identificados pela promotoria francesa.
Um
deles foi um dos suicidas que atuou no Stade de France e que carregava
um passaporte com o nome de Ahmad Al Mohammad, nascido na Síria em 10 de
setembro de 1990, esclareceu o órgão em comunicado.
O segundo é um dos terroristas da casa de shows Bataclan, Samy Amimour, nascido em 15 de outubro de 1987 em Paris, e pelo qual a França tinha lançado um mandato de detenção internacional.
No fim de semana, já haviam sido identificados Ibrahim Abdeslam, Bilal Hadfi e Omar Ismail Mostefai. Todos eram franceses, mas Abdeslam e Hadfi vivam na Bélgica.
As autoridades europeias buscam ainda Salah Abdeslam, irmão de Ibrahim,
que está foragido. Ele pode ter alugado um dos carros usados nos
atentados, encontrado no fim de semana com um arsenal de fuzis AK-47.
Os ataques de sexta-feira (13) deixaram 129 mortos e 352 feridos, dos quais 99 em estado crítico.
Síria
Abaooud, morou no distrito de Molenbeek, em Bruxelas, e está
desaparecido desde janeiro, quando a célula terrorista da qual era líder
foi desmantelada.
As investigações vinculam a autoria dos
atentados de Paris a uma célula desmantelada no início do ano em
Verviers, da qual Abaaoud era o líder, que teria planejado o massacre da
Síria, de onde manteve contato direto com os terroristas suicidas,
informou a imprensa belga.
Abaaoud é alvo de um mandado de busca
e apreensão desde que a polícia belga desmantelou essa célula
jihadista, que pretendia atentar em território belga, poucos dias depois
do ataque terrorista à redação da revista "Charlie Hebdo", e saiu do
radar desde então.
Promotores da Bélgica disseram que sete pessoas foram detidas após operações em Bruxelas depois dos ataques.
A polícia belga, em cooperação com autoridades francesas, promoveram
operações no fim de semana depois que dois carros com placas belgas
foram encontrados em Paris, um deles perto da casa de shows Bataclan,
onde ocorreu o ataque mais sangrento, e outro perto do cemitério Père
Lachaise. (Com agências internacionais
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