Praia do Meio, com Miritituba ao fundo Foto: JParente |
O
Rio Tapajós alcançou no final da tarde de hoje, seu segundo mais baixo nível
desde o ano 2000, de acordo com os registros do observador pluviométrico
Raimundo Nonato Figueira de Sousa, o Pezão.
A
régua de medição estava às 17h00 de hoje em 1,78 m, contra 2,63 m na mesma data
do ano passado, ano em que a menor medida do rio foi de 2,53 m.
Como se vê o barco da parte superior do hidroviário Foto: JParente |
Do
ano 2000 para cá, somente na estiagem de 2010 o rio esteve mais baixo, tendo
atingido a cota de 1,32 m, estando portanto, hoje, 46 centímetros acima da
menor medição daquele ano.
Em
relação ao ano passado, a vazante de 2015 está 85 centímetros mais baixo do que
em 3 de novembro de 2014.
Ano
passado o nível do Tapajós começou a subir no dia 6 de novembro.
Já
no ano de 2010, ano da maior vazante deste século, o rio começou a subir seu
nível no dia 23 de outubro.
Barcos tem que dar uma
grande volta para atracar e barcaças encalharam
Uma
das consequências do baixo nível das águas do Rio Tapajós é a dificuldade para
a navegação.
Carros, a balsa e barcos no mesmo espaço Foto: JParente |
Os
barcos que fazem a linha entre Itaituba e Santarém, quando chegam à frente da
cidade de Itaituba não tem condições de atravessar o rio direto para o terminal
hidroviário, porque os bancos de areia não permitem, sob pena de ficarem
encalhados.
Por
isso, precisam dar uma enorme volta até próximo ao 53º BIS para fazer o
contorno em baixa velocidade, até chegarem ao local de atracação.
Praia do Sapo avança rio a dentro Foto: JParente |
Semana
passada, algumas barcaças que transportavam grãos, descendo o rio, por falta de
prática de seus tripulantes, encalharam a altura de Barreiras, conforme foi
informado hoje ao blog.
Depois
de muito trabalho elas conseguiram desencalhar para seguir viagem até
Barcarena.
Ao fundo, portos da Bunge e da Hidrovias, com a praia avançando Foto: JParente |
Se
o nível da água continuar baixando, a navegação do Tapajós vai ficar muito
complicada
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