No último final de semana, as redes sociais, em Itaituba, foram
invadidas por uma mensagem que manifesta a revolta de policiais militares por
conta de uma decisão judicial que, segundo eles, se contrapõe ao desejo da
sociedade por Justiça.
Um intenso trabalho de investigação, envolvendo o Serviço Reservado da
PM, com apoio do Grupo Tático e policiamento ostensivo, sob o comando do
próprio comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel
Luis Barbosa, resultou na localização e prisão de um grupo de pessoas acusadas
de envolvimento com o tráfico de drogas.
Junto com o grupo, foram encontrados mais de cinco quilos de drogas. O
bando foi apresentado no plantão da delegada Suelen Costa, na Seccional de
Polícia, onde foi feito o flagrante.
O procedimento flagrancial foi homologado pela Justiça Criminal, mas o
quarteto foi liberado dias depois.
Essa decisão acabou provocando a revolta de alguns policiais militares
que estiveram envolvidos na operação. Essa revolta se acirrou no momento em que,
segundo os policiais, quando os indivíduos foram liberados, alguns deles
passaram em frente ao quartel do 15º BPM se manifestando em tom de sarcasmo e
menosprezo.
A mensagem que circulou nas redes sociais falava de falta de respeito
com o trabalho policial e da falta de apoio da própria sociedade. Também foi
cobrado um posicionamento da imprensa.
Diz a nota: “quase uma semana
depois da maior apreensão de drogas do município nesse ano, todos os detidos
naquela ocasião já estão em liberdade. Não estou aki para tentar achar um
culpado por essa falta de consideração com o serviço policial, mas sim p cobrar
dessa sociedade o porque que ninguém se manifesta em pelo menos se
preocupar em saber o motivo pelo qual todos foram postos em liberdade”.
Ao finalizar, a nota reforça: “Por
isso que aqui em itaituba de tudo acontece e nada vai pra frente, dos
governantes aos elementos de execução da lei”.
Em conversa com a reportagem, o subcomandante do 15º BPM, major Pedro
Cardoso, preferiu se limitar ao trabalho desenvolvido pela Polícia Militar, que
finalizou com a apresentação do bando, que foi posto em liberdade menos de uma
semana depois.
Mauro Torres
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A editoria do blog:
De acordo com o despacho do juiz Sidney Falcão, não há nos autos
comprovação de que com os flagrados forame encontradas substâncias
entorpecentes, apontando somente que certa quantidade de droga foi
encontrada, não havendo comprovação quanto a tal quantidade, nem sua
existência. Não consta auto de apreensão da substância supostamente
encontrada em poder dos acusados.
E
no que pese a grande quantidade de droga, realmente não qualquer
indício que subsidie atribuir aos flagrados a propriedade da substância
encontrada.
Mais adiante diz o despacho:
1. Após serem postos em liberdade, deverão apresentar-se à Secretaria da Vara Criminal, portando comprovante de residência.
2. Proibição de frequentarem bares, boites ou lugares congêneres que comercializem bebidas alcoólicas.
3. Deverão apresentar-se mensalmente à Secretaria da Vara Criminal a fim de justificação de suas atividades.
4. Obrigação de manterem seu endereços atualizados.
5. Obrigação de recolherem-se entre 21 horas e 06 horas da manhã.
A
desobediência a qualquer das medidas cautelares, bem como o cometimento
de novo delito importará na revogação da presente decisão e consequente
imposição de prisão preventiva em desfavor de ambos.
Resta saber se essas pessoas cumprirão alguma dessas determinação do juiz, pois esse pessoal é velho conhecido da polícia.
Fonte: Jota Parente.
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