A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está em alerta com
possíveis efeitos da greve de caminhoneiros, iniciada nesta
segunda-feira. O temor é de problemas no transporte de carne de aves e
suínos para exportação, em um mês considerado crucial para o setor.
o primeiro semestre, outra paralisação de motoristas gerou prejuízos
de mais de R$ 700 milhões para as indústrias de aves e suínos, segundo a
ABPA.
— Agora é mais sério. Alguns mercados compradores, como Rússia e
Leste Europeu, estão exigindo que tudo seja carregado até 20 de novembro
ou no máximo até o fim do mês —, disse o presidente-executivo da ABPA,
Francisco Turra, temendo que a greve possa prejudicar as exportações.
O Brasil é o maior exportador global de carne de frango, contando com
empresas de grande porte como JBS e BRF. Os importadores de países do
hemisfério norte, por sua vez, trabalham sempre com um cronograma
intenso de compras antes que as baixas temperaturas do inverno congelem
acessos portuários nos países de destino.
Segundo Turra, as empresas brasileiras temem "perder a grande
oportunidade de recompor os volumes (que deixaram de ser exportados em
meses anteriores) e fechar bem o ano".
Em outubro, os embarques de frango já haviam sido impactados por
dificuldades operacionais no porto de Itajaí (SC), principal ponto de
embarque deste tipo de carga, em função de chuvas.
Segundo Turra, a associação alertou a presidência da República há 20
dias sobre os rumores de greve e seus potenciais impactos, pedindo uma
solução negociada entre governo e manifestantes.
Um dos grupos organizadores da paralisação, o Comando Nacional do
Transporte (CNT), que se organiza por redes sociais, disse que deseja a
renúncia da presidente Dilma, na esteira do aumento dos custos de
combustíveis e energia e com a recessão econômic
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