Entre os pedidos estão os de cassação do diploma e
declaração de inelegibilidade do governador eleito, Simão Jatene, e do
candidato não eleito Helder Barbalho
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Pará entrou nesta
sexta-feira, 19 de dezembro, com 17 ações no Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) contra 48 acusados da prática de ilegalidades durante as eleições
deste ano. Entre eles estão 15 candidatos, incluindo o candidato
reeleito ao governo do Estado, Simão Jatene, e o candidato que disputou
com Jatene o segundo turno das eleições, Helder Barbalho.
Na maioria das ações foi pedida a cassação do registro ou diploma dos
candidatos e a declaração de inelegibilidade por oito anos de todos os
acusados. Os prefeitos de Barcarena, Benevides, Capitão Poço, Marabá,
Mocajuba e Parauapebas, a Secretária de Estado de Planejamento,
Orçamento e Finanças e o Secretário de Estado de Comunicação também
foram apontados nas ações como responsáveis por ilegalidades.
Segundo as ações, assinadas pelo Procurador Regional Eleitoral Alan
Rogério Mansur Silva e pelos procuradores eleitorais auxiliares Bruno
Araújo Soares Valente, Maria Clara Barros Noleto e Nayana Fadul da
Silva, as ilegalidades mais recorrentes foram o abuso de poder político e
econômico, a compra de votos e a prática de condutas proibidas a
agentes públicos durante o período eleitoral.
A PRE, órgão do Ministério Público Federal que atua nas questões
eleitorais, apontou que programas de governo, como o Cheque Moradia, do
governo estadual, e o Minha Casa Minha Vida, do governo federal, foram
utilizados para obtenção de votos nas campanhas. Também houve utilização
indevida de meios de comunicação (confira abaixo resumos de todas as ações).
Inelegibilidade – Além das irregularidades
denunciadas à Justiça Eleitoral, a Procuradoria Regional Eleitoral
encaminhou duas ações em que aponta a ocorrência de inelegibilidade de
dois candidatos provocada por desaprovações de contas pelo Tribunal de
Contas do Estado e pelo Tribunal de Contas da União anunciadas após o
registro das candidaturas.
Acusado:
-
Candidato eleito a deputado estadual Eraldo Pimenta.
Acusação:
-
Inelegibilidade. Segundo a ação da Procuradoria Regional Eleitoral, o
Tribunal de Contas do Estado considerou irregulares as contas
apresentadas por Pimenta quando ele foi prefeito de Uruará.
Pedidos da ação:
- Cassação do diploma de deputado estadual do candidato.Fonte; PRE.
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