sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

EDUCAÇÃO: Pará tem 2 alunos nota mil na Redação no Enem de 2017

Dois estudantes paraenses tiraram a nota máxima na Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. Os resultados da prova foram divulgados na manhã de ontem e, de acordo com o Ministério da Educação, apenas 53 candidatos alcançaram a nota máxima este ano, de um total de 4,72 milhões de redações corrigidas. O tema da redação foi sobre o desafio para a Formação Educacional de surdos no Brasil.
 Assim que acordou, o estudante concluinte do Ensino Médio, Marcos Vinicius Monteiro Barbalho, de 16 anos, procurou saber a nota no próprio celular. “Olhei nota por nota e quando vi o número 1000 na Redação, fiquei paralisado, sem acreditar direito”, descreve. Ele, que mora no município de Castanhal, diz que foram incontáveis horas dedicadas à Redação e que investiu em um cursinho preparatório, além de quatro horas diárias dedicadas à disciplina em casa. “Sempre gostei muito de ler, escrever, de saber sobre política e assuntos afins, então me motivei pelo prazer que isso tudo me dá”, acrescenta. 
 
 No ano anterior, Vinicius prestou o ENEM pela primeira vez, como “treineiro” e mesmo com nota superior a 800, ele classificou como mediano seu desempenho. Agora, o estudante diz que está muito confiante no resultado do Processo Seletivo da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde pretende cursar Psicologia.
Vinicius dedicava à Redação cerca de 4 horas por dia (Foto: Divulgação)
Com o resultado, Larissa agora sonha com uma vaga no curso de Medicina (Foto: Ricardo Amanajás)
MEDICINA
Para Larissa Fernandes, de 18 anos, a nota máxima na prova foi motivo de surpresa e de felicidade. “Eu esperava uma nota boa na Redação, mas não imaginava que seria mil”, conta Larissa. Ela diz que sempre gostou muito de ler e que durante sua preparação fazia uma redação por semana, com auxílio da professora. Sem intimidade com o tema, Larissa diz que contou com o conhecimento de mundo para articular as ideias e defender sua tese dentro do texto. “O tema era muito específico, mas com os conhecimentos que tinha consegui construir meu texto”, reforça. 
A jovem que mora no bairro do Marco, em Belém, diz que a avó teve um papel essencial. “Minha avó despertou desde muito cedo esse gosto que tenho pela leitura, comprando livros. Leio de tudo um pouco, de romances a ficção. Tenho livros de todos os temas e não dispenso nenhum tipo de leitura”, ressalta. 
Larissa é concluinte do Ensino Médio e estudou na Escola Rêgo Barros. Ela conta que sonha cursar Medicina. “As pessoas me diziam que essa era minha vocação, mas nunca prestava atenção. Quando conheci o curso me apaixonei e vi que era realmente o que eu queria”, lembra a jovem que se inscreveu na Universidade Federal do Pará (UFPA) e na Universidade do Estado do Pará (UEPA), aguardando os resultados.

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